A tecnologia tem sido uma grande aliada nas últimas décadas quando o assunto é facilitar a nossa vida. Com inovações surpreendentes a cada ano, sempre tem alguma nova ferramenta que promete nos ajudar. Mas tem algumas que, apesar da boa intenção, acabam mais nos prejudicando ou atrapalhando do que, de fato, sendo benéfico.
Neste texto, listamos 7 tecnologias que mais atrapalham do que ajudam no nosso dia-a-dia:
- Tela touchscreen em tudo;
- Variedade de serviços de streaming;
- Assinatura de celular;
- Cardápio em QR Code;
- Aplicativos para qualquer coisa;
- Download de jogo em mídia física;
- Chatbot com inteligência artificial.
1 – Tela touchscreen em tudo
A tela touchscreen surgiu como uma das principais inovações nos celulares e tornou bem mais simples a navegação no aparelho. Com atalhos e poucos cliques é possível configurar algo que, antes, demorava mais em um aparelho com botões físicos.
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No entanto, mutas marcas começaram a saturar essa tecnologia ao ponto de deixá-la não só pouco usual, como prejudicial em alguns casos.
Atualmente, a ferramenta é usada em tanta coisa além do celular — como geladeira, máquina de lavar, painéis de carro, entre outros — que, às vezes, nos faz sentir falta dos bons e velhos botões físicos.
É o caso, por exemplo, de sistemas de navegações em carros. A proposta é boa, mas a aplicação, nem tanto. O display em painéis automotivos pode gerar algumas distrações ao motorista na hora de selecionar alguma opção que, algumas vezes, pode levar a acidentes.
As teclas físicas, por ter feedback tátil, são de melhor utilização nesses casos, já que o usuário pode se acostumar a configurar algumas opções sem precisar olhar para uma tela.
2 – Variedade de serviços de streaming
Os serviços de streaming de filmes e séries chegaram como uma ótima opção para facilitar na hora de assistir suas produções favoritas com conforto. A popularização da Netflix tornou a visita às locadoras algo “pré-histórico” e ajudou o combate à pirataria.
O problema começou quando muitas alternativas começaram a surgir, e cada uma começou a ter títulos exclusivos.
Séries e filmes que antes estavam agrupados em um único serviço começaram a se espalhar entre vários, e forçou os usuários a manter várias assinaturas para assistir “uma produção ou outra” em cada uma.
Com isso, muitos passaram a cancelar seus serviços de streaming para voltar à pirataria — já que para boa parte do brasileiro, ter pelo menos três serviços já custa muito caro.
3 – Assinatura de celular
Quem troca de celular todo ano já deve ter visto as opções de celulares por assinatura e cogitado aderir a estes serviços. Muitas vezes eles são vendidos a preços que parecem mais atrativos em um primeiro momento, mas que, na ponta do lápis, não se mostra tão benéfico.
Em muitos casos, há ofertas de celulares bem mais baratos do que o preço de lançamento. Se ele foi anunciado por R$ 5.000, por exemplo, havia ofertas de R$ 3.500, ou algo por volta disso.
O problema é que, depois de um tempo, o celular já está até mais barato que isso — ou pelo mesmo preço — nas próprias lojas, com a vantagem de que ele seria seu definitivamente.

Ao final do contrato de “aluguel”, porém, o usuário teria que devolver o aparelho ou pagar um valor extra mantê-lo. Assim, ele ficaria até mais caro do que se fosse comprado na loja alguns meses depois.
4 – Cardápio em QR Code
O cardápio em QR Code chegou com boas intenções, mas acabou não sendo tão prático quanto os restaurantes tentam vender.
Eles surgiram como uma boa alternativa para que os clientes escolhessem seus pedidos, além de ajudar a evitar a proliferação do vírus da COVID-19 durante a pandemia.
No entanto, muitos são pesados, mal formulados e, em vários casos, trata-se apenas de um PDF baixado no celular quando o link é acessado — em vez de ser uma página na web, de verdade.
Isso faz com que, com o passar do tempo — e visitas a vários restaurantes — o celular fique cheio de arquivos desnecessários, pois nem sempre nos lembramos de apagar após deixar o estabelecimento.
Além disso, vale destacar que nem sempre o usuário tem internet ou quer conectar ao Wi-Fi do local. E, convenhamos, nada como o bom e velho cardápio físico para facilitar a escolha em um restaurante.
5 – Aplicativos para qualquer coisa
Assim como os cardápios em QR Code, os aplicativos também se tornaram populares em lojas e restaurantes para, supostamente, facilitar a vida dos clientes. No entanto, eles nem sempre são tão práticos.
Há restaurantes que só aceitam pedido pelo app — mesmo que seja fisicamente — e nem sempre o cliente tem familiaridade com tecnologia. Além disso, há casos de falha na internet, no app ou qualquer outra adversidade que torna o simples pedido de um jantar algo bem complicado.
6 – Download de jogo em mídia física
A mídia física para consoles — seja Xbox ou PlayStation — era uma ótima alternativa para que o gamer fosse dono de verdade daquele título, além de facilitar na hora de começar a jogar: bastava inserir o disco e pronto.

No entanto, uma prática que surgiu nas últimas gerações é o download dos dados do game com a mídia física. Assim, o usuário ainda precisa baixar um conteúdo mesmo que tenha o CD para jogar.
Isso gera um problema ainda maior: futuramente, se os servidores do jogo forem encerrados, o gamer pode não ter mais acesso ao título, mesmo que queira jogar offline.
7 – Chatbot com inteligência artificial
ChatGPT, Gemini, Copilot, Perplexity e muitos outros. Atualmente, são vários os modelos de inteligência artificial que possuem chatbot e prometem facilitar bastante a vida das pessoas com respostas rápidas e completas sobre praticamente tudo.
No entanto, o problema é que essas tecnologias nem sempre dão respostas 100% corretas sobre o que você pergunta. Aliás, os próprios serviços deixam isso claro em algum canto ou outro dos apps.
Mas, o principal ponto negativo não é com os chatbots, em si, mas com as pessoas que usam. Alguns passaram a depender totalmente dos aplicativos e, em vez de usá-los como uma simples ajuda para checar uma ou outra informação, passaram a entregar, totalmente, seus trabalhos “nas mãos” da IA.
Há, também, casos de pessoas que usam as ferramentas como “médico” para esclarecer dúvidas de saúde ou até mesmo como “psicólogo” — o que pode ser bem perigoso.
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Fonte: Canaltech - Leia mais