Durante a Febraban Tech 2025, executivos do Banco do Brasil destacaram as estratégias da instituição para avançar na hiperpersonalização com o uso de inteligência artificial. Segundo Rafael Rovani, head de IA do banco, uma das principais metas é “entregar o banco para cada cliente”, objetivo que tem norteado mudanças na estratégia corporativa nos últimos anos, com foco no uso massivo de dados e IA.
Entre as ações estruturantes, Rovani destacou o investimento na capacitação dos times, com a criação da AcademIA, que já formou mais de 24 mil funcionários por meio da Universidade Corporativa do BB. Além disso, o banco consolidou uma plataforma robusta de governança de IA, que define os guardrails para adoção segura e responsável das tecnologias.
“Se eu tenho uma cultura que entende o uso e eu quero uma adoção em massa, eu tenho que fazer isso com controle”, afirmou. A combinação entre cultura, governança e escalada tecnológica tem permitido avanços em experiências personalizadas como o CRM 360 e sistemas de recomendação, tanto para clientes quanto para funcionários.
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Questionado sobre o desafio de equilibrar personalização com segurança da informação, Rovani afirmou que as áreas de IA e segurança atuam de forma integrada. “A gente consegue garantir dentro de um ecossistema que olha não só para o banco, mas para o governado, de que forma estou disponibilizando esses dados”, disse. Entre os mecanismos citados estão anonimização e restrição ao acesso de dados críticos, inclusive com o uso de agentes autônomos de IA.
Giuliane Paulista, executiva de governança de IA do banco, reforçou que o modelo de desenvolvimento das soluções de IA no BB é multidisciplinar. Antes de ir para produção, os projetos passam por avaliação da governança, segurança de dados, privacidade, riscos e uma validação independente. “Tudo isso fortalece. Não é a quantidade de dados o nosso problema, é como estruturamos os processos”, comentou.
Ao projetar os próximos passos, Rovani destacou a necessidade de preparar a organização para lidar com novas tecnologias que surgirem, como agentes de IA ou outras inovações futuras. “É muito menos sobre qual tecnologia, mas sobre preparar as pessoas para usar o que vier e ter um frame muito estabelecido para adoção. Caso contrário, em algum momento, pode deixar de ser algo positivo”, concluiu.
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Fonte: TI INSIDE Online - Leia mais