O Google considerou não oferecer aos sites muitas opções para deixar conteúdos de fora da busca com inteligência artificial. Os detalhes foram revelados pelo portal Bloomberg nesta segunda-feira (19) após ter acesso a documentos internos da big tech.
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O documento apresentava opções de quanto controle os publicadores e sites teriam sobre o conteúdo de suas páginas que iria para o AI Overviews, resumos feitos com IA generativa que aparecem no topo dos resultados de pesquisa.
Segundo o portal, ao invés de dar opções aos publicadores, o Google optou por uma “atualização silenciosa” e “sem alarde” sobre como usariam os conteúdos de sua indexação.
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As opções apresentadas mostram diferentes níveis de controle. Enquanto uma deixaria que os publicadores escolhessem quais seções do seu conteúdo não seriam indexadas para IA, outra sugeria que todo o conteúdo seria desindexado para que não fosse lido pela IA.
Uma das opções, classificada como “linha vermelha”, daria a opção aos publicadores de deixar seu conteúdo de fora das respostas de IA, porém, ele continuaria a ser usado no treinamento da inteligência artificial.
O documento veio à tona durante o julgamento que o Google enfrenta por práticas anticompetitivas.
O que diz o Google?
Ao portal The Verge, o porta-voz do Google, Peter Schottenfels, destacou que o documento demonstra apenas uma lista inicial de opções analisadas anteriormente, e não considera a decisão final tomada pela companhia.
“Os editores sempre controlaram como seu conteúdo é disponibilizado ao Google, já que modelos de IA foram incorporados à Busca por muitos anos, ajudando a exibir sites relevantes e direcionando tráfego para eles”, disse. “Novos recursos de busca, como as Visões Gerais de IA, levaram a mais buscas, o que cria novas oportunidades para que sites sejam descobertos.”
Procurado pelo Canaltech, o Google não comentou sobre o caso até o momento. A matéria poderá ser atualizada.
Qual o problema da desindexação?
A desindexação de uma página da web do Google faz com que ela não seja rastreável pelo buscador, tornando-se indisponível entre os resultados da pesquisa. Assim, a única forma de acessá-la seria ao digitar o endereço diretamente no navegador ou através da navegação interna do site.
Segundo o Semrush, em 2024, o Google era responsável por mais de 90% do mercado global de mecanismos de busca.
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