O Motorola Rarz 60 Ultra foi lançado em maio de 2025 e chegou ao Brasil como o celular dobrável mais potente da atualidade, graças ao chipset Snapdragon 8 Elite. Mas será que o conjunto faz sentido, na prática? Nós testamos o aparelho nas últimas semanas.
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Prós
- Bom desempenho
- Tela externa com boa utilidade
- Ótimas câmeras
Contras
- Bateria deixa a desejar
- Apenas uma versão de armazenamento
Desempenho topo de linha
O Motorola Razr 60 Ultra é equipado com o chipset mais poderoso para dispositivos Android da atualidade.
Assim, ele também é o dobrável no formato “Flip” com melhor desempenho, até o momento. Vale destacar que é previsto que os Galaxy Z Flip 7 também conte com esse título, mas o reinado do Motorola, por enquanto, é incontestável.
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E isso se concretiza na prática, não só no papel. O telefone tem um desempenho excelente, com navegação extremamente fluída e bastante agilidade para multi-tarefas.
O dispositivo também se sai muito bem em jogos, e eu não notei qualquer perda de desempenho mesmo em títulos mais exigentes.
No nosso teste de desempenho padrão, ele chegou a 2.002.530 pontos no AnTuTu Benchmark. Curiosamente, ficou bem abaixo do Galaxy S25 Ultra — um dos modelos mais potentes da atualidade, que anotou 2.397.597 pontos e usa o mesmo chip.
Em relação às configurações, o celular só peca por oferecer uma versão única, com 1 TB. Assim, ele acaba sendo muito “caro” para quem não faz questão de tanto armazenamento. Em comparação, o Galaxy Z Flip chega com uma versão mínima de 256 GB.
“O desempenho do Razr 60 Ultra é excelente e o celular figura entre os mais potentes do mundo, graças à RAM de 12 GB e ao chipset Snapdragon 8 Elite — o mais avançado da Qualcomm até o momento.”
Design e construção
Em relação ao design, o Motorola Razr 60 Ultra tem um design bem sofisticado e opções de acabamento premium.
Em vez do tradicional vidro ou plástico na traseira, o celular conta com materiais diferentes, como o Alcantara, madeira ou material sintético parecido com couro.
O visual, em si, é bem elegante em qualquer uma das versões. Aberto, o celular é bem fino e tem o display interno mais “alongado”. Na parte de fora, o painel também tem um bom aproveitamento e exibe bastante informação quando fechado.
A construção lateral mantém o aspecto premium, com metal nas bordas. O aparelho tem resistência à poeira, água, mas o nível de proteção contra partículas sólidas não é tão alto como em modelos comuns, com certificação IP48.

Isso quer dizer que ele é protegido contra partículas de diâmetro de 1 mm ou maior. Assim, ele não tem garantia contra poeira, por exemplo.
Isso não chega a ser surpresa, afinal, o aparelho tem um mecanismo de dobra que permite a entrada de partículas minúsculas e muitos dobráveis sofrem desse “problema”.
Quanto à tela, ambos os displays oferecem um bom nível de exibição, com tecnologia AMOLED nas duas telas. O nível de brilho também é satisfatório em qualquer cenário, mesmo sob um sol bem forte.
Câmeras
O conjunto de câmeras é uma das coisas mais interessantes no Razr 60 Ultra. Isso porque o smartphone traz um trio de 50 MP, ou seja, todos os sensores têm a mesma resolução.
São dois traseiros — um principal e um ultrawide/macro — e um frontal. Ainda assim, se preferir, dá para fazer selfies com facilidade usando a dupla traseira, com o visor externo.
O celular, na prática, tira excelentes fotos. Na traseira, tanto com a principal quanto com a ultrawide, o nível de cores é bem realista, graças à assinatura da Pantone, que garante a “veracidade” de imagem do dobrável.
Outro ponto forte é o modo macro, que usa o sensor ultrawide para tirar fotos aproximadas. Assim, dá para captar os menores detalhes em uma foto sem perder em definição, como acontece com muitos sensores dedicados para este tipo de fotografia em smartphone.

Só achei que o celular deixa um pouco a desejar em gravação de vídeo. Ele tem uma boa configuração de vídeo, mas achei que o HDR não funciona tão bem e ele peca um pouco quando precisa filmar ambientes bem claros com pontos de sombra, deixando o céu estourado ou as áreas de sombra mais escuras.


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“A Motorola mandou muito bem com o conjunto de câmeras do Razr 60 Ultra, e o modelo se destaca por oferecer três câmeras com 50 MP — são duas traseiras e uma frontal. Assim, ele permite tirar fotografias bem definidas tanto com o conjunto principal quanto com a câmera de selfies.”
Bateria deixa a desejar
A bateria é o principal ponto fraco do Motorola Razr 60 Ultra. Esse é, na verdade, um problema comum em celulares dobráveis, mas que não dá para deixar de mencionar.
O aparelho tem capacidade de 4.700 mAh, e a bateria fica bem abaixo da média para celulares com 5.000 mAh.
No nosso teste de consumo padrão, ele gastou 29% da carga, após um uso de cerca de seis horas, rodando apps diversos como redes sociais, serviços de streaming, jogos, entre outros. Nesse cenário, estima-se que o celular chegue a 20 horas de duração.

Como comparação, ele tem 700 mAh a mais que o Galaxy Z Flip 6, e tem uma diferença de consumo de apenas 1% no mesmo teste. Já o carregamento é rápido. Ele tem um carregador de 68 W no kit e vai de 0 a 100% em x minutos.
Concorrentes diretos
O verdadeiro concorrente do Motorola Razr 60 Ultra ainda deve ser lançado até o final do ano, já que ele é o único “Flip” com Snapdragon 8 Elite. Ainda assim, não dá para deixar de compará-lo com o Galaxy Z Flip 6.
O modelo da Samsung conta com Snapdragon 8 Gen 3, que oferece um ótimo desempenho no dia-a-dia, apesar de ficar bem atrás em testes de benchmark.
O modelo da Motorola tem uma característica que eu gosto bastante, que é a possibilidade de executar qualquer app na tela externa. O Samsung, por sua vez, exige que você baixe o Good Lock para depois baixar uma extensão e configurar essa função.

Em câmeras, os dois são igualmente bons: o Flip tira fotos com excelente definição e HDR excelente, e o Razr se destaca pelo modo macro e cores mais realistas.
Quanto ao preço, é importante destacar que há uma diferença considerável, mas isso porque o Razr é um modelo mais recente, enquanto o Galaxy está há quase um ano no mercado.
Além disso, o modelo da Motorola tem uma versão única de 1 TB, enquanto o Samsung oferece, no máximo, 512 GB.
- Razr 60 Ultra 1 TB: R$ 9.000;
- Galaxy Z Flip 6 512 GB: R$ 6.200.


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Vale a pena comprar o Motorola Razr 60 Ultra?
O Motorola Razr 60 Ultra é um ótimo celular dobrável e se destaca bastante tanto pelo desempenho do celular, como pelas câmeras e usabilidade no modo dobrado. Ele só peca pela bateria, mas isso é algo comum em dobráveis.
No entanto, seu preço está um pouco “salgado” e, mesmo que tenha mais armazenamento que o Galaxy, a diferença é muito grande para quem não faz questão de 1 TB e só quer um dobrável mais acessível.
De qualquer forma, ele fará mais sentido se chegar a uma média de R$ 7.000 nos próximos meses.
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