No último domingo (1), a Ucrânia executou a operação Teia de Aranha, que destruiu 41 aeronaves e trouxe um prejuízo estimado de mais de US$ 7 bilhões para a Rússia. No ataque, foram utilizados um grupo de drones FPV (siga em inglês para Visão em Primeira Pessoa) que, em suma, são direcionados para atividades civis.
Essa foi considerada a ofensiva mais ousada da Ucrânia desde que o país entrou em guerra contra a Rússia, em 2022. Os drones foram transportados até o local por caminhões e pegaram as autoridades russas de surpresa, sem dar tempo para reação.
Conheça os drones utilizados
Chama a atenção os equipamentos utilizados pela Ucrânia no ataque: drones de uso recreativo que custam no máximo US$ 500 cada (cerca de R$ 3.000). 117 aeronaves foram utilizadas na operação Teia de Aranha, todas modificadas para carregar e lançar ogivas remotamente.
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Esses drones suportam no máximo 3 kg de carga, mas com as adaptações, alguns deles conseguem transportar até 15 kg de explosivos. Através das câmeras do equipamento, os responsáveis pelo ataque acompanharam o processo de longe. Tudo foi realizado de forma remota.
As ogivas foram fixadas às aeronaves com braçadeiras. Acredita-se que a Ucrânia tenha utilizado repetidores de sinal para conseguir controlar os drones de tão longe; a bateria do dispositivo dura no máximo 20 minutos, reforçando que foi uma operação bem coordenada.
Em declaração, a Agência de Segurança Interna da Ucrânia explica que esses drones foram escolhidos por serem baratos, difíceis de detectar e neutralizar, além de serem rápidos. A operação já estava sendo planejada há cerca de um ano e meio.
Além dos US$ 7 bilhões em prejuízos, a Rússia também perdeu uma boa parcela da sua frota de bombardeios a longo alcance. O governo russo descreveu o ataque como um ato terrorista.
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Fonte: Canaltech - Leia mais
