Há aproximadamente 250 milhões de anos, a extinção do Permiano-Triássico, conhecida como A Grande Morte, matou 95% das espécies marinhas e 70% dos vertebrados terrestres, deixando o caminho livre para, alguns milhões de anos depois, os dinossauros surgirem e dominarem o planeta. Essa origem, no entanto, é bastante misteriosa, e um fóssil recém redescoberto no Brasil pode ajudar a entender melhor o surgimento dos grandes répteis.
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Fóssil brasileiro e a origem dos dinossauros
O fóssil em questão foi descoberto, na verdade, há algumas décadas, em Santa Cruz do Sul (RS), ficando na coleção da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) sem chamar muita atenção. Redescobrindo os restos, cientistas brasileiros descreveram sua estrutura em um artigo publicado na revista científica Scientific Reports, da Nature, na última sexta-feira (3).
SILESAURUS, a dinosauromorph of the Triassic featured on my video: https://t.co/jLSd0jl9Vz of ¨Prehistoric Ambassadors¨ representing Poland, where it was found #silesaurus #paleoart #almostadinosaurbutnotreally #triassic pic.twitter.com/gkcIzxsxrP
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–— Mario Lanzas (@mariolanzas5) April 11, 2024
O animal foi descrito como uma nova espécie — Itaguyra occulta — com base em dois ossos fossilizados da pelve, nominalmente, um ílio e um ísquio. Eles possibilitaram a descoberta de que se tratava de um silessauro, do grupo dos répteis, e não um cinodonte, do grupo dos mamíferos. Silessaurídeos são classificados como dinossauromorfos (literalmente, “com forma de dinossauro”), que inclui dinossauros e linhagens próximas.
Na ciência, há controvérsias acerca do tema: há quem acredite que silessaurídeos sejam dinossauros, e quem creia que seja apenas um grupo irmão. Com 237 milhões de anos, o fóssil mostra que os silessauros estiveram presentes na América do Sul durante o Triássico, e, segundo os cientistas, demonstra que eles foram, sim, dinossauros — mais especificamente, ornitísquios. Silessauros tinham pequeno perto, eram geralmente quadrúpedes e onívoros ou herbívoros.
O nome do novo animal faz referência ao achado: Itaguyra se divide em ita — pedra, em tupi — e guyra — ave, na mesma língua. Já occulta remete ao fato de que os fósseis estiveram escondidos entre outros materiais por muito tempo. Participaram do estudo cientistas da Universidade Federal de Santa Maria, Museu Nacional, UFRGS, Universidade Federal do Pampa e Museo Argentino de Ciencias Naturales.
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