A nova Diretriz Brasileira para o Tratamento Farmacológico da Obesidade, anunciada na última quinta-feira (29) durante o XXI Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica, em Belo Horizonte, atualizou os protocolos de 2016 e propôs o uso racional de medicamentos como Ozempic já no início do tratamento, inclusive em pacientes com IMC abaixo de 30, desde que haja comorbidades associadas.
Elaborado pela Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) em conjunto com 15 sociedades médicas, o documento tem base em 35 recomendações pautadas em evidências científicas, e reconhece a obesidade como uma doença crônica que requer cuidados contínuos e personalizados.
Entre as principais mudanças está a priorização de metas realistas, como a perda de pelo menos 10% do peso corporal, com foco na melhora de condições como diabetes tipo 2, hipertensão e apneia do sono, em vez da normalização do IMC.
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Segundo o endocrinologista Bruno Halpern, vice-presidente da Abeso, é uma mudança de paradigma. Em comunicado, ele diz o seguinte:
O objetivo não é mais apenas normalizar o peso, mas sim promover saúde, funcionalidade e qualidade de vida com metas possíveis e sustentáveis.

O vice-presidente da Abeso relembra que a diretriz anterior é de 2016:
De lá para cá foram lançadas três novas medicações para obesidade no Brasil: liraglutida, que é o Saxenda; o Contrave e o Wegovy que é igual ao Ozempic mas na dose da obesidade que é 2,4mg. E agora vem o Monjauro
O novo documento também amplia os critérios diagnósticos, incluindo medidas como circunferência abdominal e relação cintura/altura, e orienta a escolha de medicamentos conforme eficácia, segurança e perfil do paciente, destacando a importância da decisão compartilhada entre médico e paciente.
A diretriz recomenda que o tratamento medicamentoso seja sempre associado a mudanças no estilo de vida, incluindo dieta equilibrada e atividade física. Também contraindica o uso de fórmulas perigosas ou não validadas. Com essa nova abordagem, a ideia é melhorar a qualidade de vida dos pacientes e reduzir complicações associadas à obesidade, como doenças cardiovasculares, hepáticas e osteoartrose.
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