Um dos aspectos mais interessantes do Batman é o fato de ele ser “apenas um humano” diante de um universo cheio de seres divinos como o Superman. Isso porque ser falível é algo que nos conecta com Bruce Wayne; e os erros que o herói cometeu ao longo da trajetória fazem parte disso. E não há um Robin que representa isso melhor do que o mais problemático dos guris que o bilionário adotou.
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Atenção para spoilers de Robin & Batman: Jason Todd #1!
A nova série de Batman e Robin da DC, estrelada por Jason Todd, aparece com um tom sombrio, fazendo uma releitura do “Ano Um” de sua chegada na vida de Bruce Wayne. A trama rapidamente estabelece uma criança profundamente problemática, já às voltas com uma escuridão interior que o afasta do caminho heroico — só lembrando que Todd foi quem se tornou o Capuz Vermelho depois de morrer como Robin e retornar como um anti-herói bem próximo da vilania.
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Que fique claro, quando falamos sobre os erros que Batman cometeu, não estamos nos referindo ao fato de ele adotar uma criança “problemática”. E sim ao fato de ele não ter recursos psicológicos e emocionais suficientes para lidar com um menor carente da forma mais adequada que o pequeno precisava. Sua vida de aventuras noturnas como vigilante somente acelerou um processo negativo na vida de Jason Todd.
Em Robin & Batman: Jason Todd #1, que chega às bancas gringas nesta semana, a trama começa com um monólogo interno do Menino Prodígio, revelando seus sentimentos sobre se tornar Robin. Para dizer o mínimo, esses sentimentos estão envoltos em escuridão e violência.

Jason comenta que finalmente pode se vingar, revidar e que “machucará outra pessoa”, sugerindo que seu novo papel como Robin lhe dá a capacidade de agir de acordo com esses impulsos. Esses são motivadores sombrios que certamente não receberiam a aprovação nem do Batman nem do Asa Noturna — e provam que ele nunca esteve pronto para ser um herói.
“Eu sou uma arma”
Embora Batman tenha errado na forma em que tratou o guri, a HQs também faz questão de mostrar que Jason deve ser responsabilizado por seus atos. Em um certo momento de seu monólogo interno, fica claro o menino nem se considera um herói. Em vez disso, declara: “Eu sou uma arma”.

Em vez de querer ajudar os outros, Jason está mais focado em infligir dor. Embora canalize essa raiva para criminosos em vez de inocentes, ainda é perturbador ver até onde ele está disposto a ir para machucá-los, mesmo além do necessário.
Vale destacar que essa representação de Jason quando era apenas um garoto soa bem diferente do que foi mostrado na época de sua chegada. E Batman #385, de 1985, Jason expressava sua alegria em ser o próximo Garoto Prodígio, dizendo: “Eu sou Robin e ser Robin me dá magia”.
Essa mudança de status quo, do menino doce da caracterização inicial para o guri maldoso dessa nova imagem de Jason, deve trazer polêmicas, vamos ficar de olho.
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