O Brasil promulgou, nesta terça-feira (10), o Protocolo Complementar sobre o Desenvolvimento Conjunto do CBERS-6, satélite que está sendo construído em parceria com a China. O documento foi publicado no Diário Oficial da União sob o Decreto nº 12.496, de 9 de junho de 2025.
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O Protocolo Complementar já havia sido aprovado em dezembro de 2024, por meio do Decreto Legislativo nº 214, de 2024. O texto foi assinado em Pequim, em abril de 2023, e estabelece os termos para a construção do sexto satélite da série CBERS (Satélites Sino-Brasileiros de Recursos Terrestres).
“Com lançamento previsto para 2028, o CBERS-6 utilizará a Plataforma Multimissão (PMM), desenvolvida no Brasil e validada na missão Amazonia 1. A carga útil será um radar SAR (Synthetic Aperture Radar), em banda X, fornecido pela China. A principal vantagem da tecnologia SAR é a geração de dados independentemente das condições climáticas”, informou a Agência Espacial Brasileira (AEB) em comunicado.
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Monitoramento de recursos naturais
Os satélites CBERS têm como principal objetivo o sensoriamento remoto — atividade essencial para o monitoramento de recursos naturais e a geração de imagens utilizadas, por exemplo, no combate ao desmatamento. O programa sino-brasileiro já resultou no lançamento dos satélites CBERS-1, 2, 2B, 4 e 4A.
“Essa nova missão complementará os dados das missões ópticas dos satélites anteriores da série CBERS, com a vantagem de operar tanto de dia quanto à noite, além de realizar observações mesmo com nuvens, brumas, fumaça ou chuva”, acrescentou a AEB.

Desenvolvimento do CBERS-5
Além do CBERS-6, Brasil e China assinaram, em junho de 2024, uma Declaração Conjunta de Intenções para a produção do satélite CBERS-5, com lançamento previsto para 2030.
O CBERS-5 será um satélite meteorológico geoestacionário — ou seja, permanecerá em uma órbita fixa sobre a Terra — e será uma ferramenta essencial para a detecção de eventos extremos, como secas, enchentes e tempestades.
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Fonte: Canaltech - Leia mais