Em entrevista à TI Inside durante o .NEXT, evento da Nutanix realizado em Washington, Ramiro Sumar, Head de TI da CEGÁS, compartilhou detalhes sobre a transformação digital pela qual a companhia passou desde 2020. Segundo Sumar, a decisão de migrar para a infraestrutura da Nutanix foi impulsionada pela necessidade de maior escalabilidade e eficiência no processamento de dados.
A mudança para Nutanix permitiu à CEGÁS otimizar a operação de seus 13 mil clientes, distribuídos em 1.400 pontos de coleta de dados. Sumar destacou que a coleta precisa ser instantânea, segura e eficiente, dado que o faturamento da empresa depende diretamente dessa digitalização. “Em 2020 começamos essa jornada e, desde então, já triplicamos a capacidade de processamento. Nossa operação depende dessa agilidade para garantir precisão nos dados e segurança nas informações”, detalhou.
Redução de custos e aumento de eficiência
Um dos principais benefícios relatados foi a drástica redução de custos operacionais. “Antes, eu precisava de uma equipe de 12 pessoas para cuidar da infraestrutura. Hoje, com a Nutanix, são apenas duas. Essa otimização refletiu em uma queda de 64% nos custos operacionais, superando benchmarks globais. “A JetBlue conseguiu 54%, nós conseguimos 64%, é um ganho expressivo”, acrescentou.
Além da redução de custos, a escalabilidade também foi um diferencial. Desde a adoção da Nutanix, a CEGÁS dobrou sua capacidade de infraestrutura em 2021, 2022 e novamente em 2024. “Hoje, operamos com quatro vezes a capacidade inicial, totalmente em Nutanix, com um nível de confiabilidade impressionante. Em quatro anos, abri apenas um chamado de suporte”, destacou.
Inteligência Artificial na operação
A digitalização permitiu à CEGÁS avançar em projetos de inteligência artificial, estruturados em três frentes principais: atendimento ao cliente, controle do fornecimento de gás e otimização na compra de insumos. “Hoje, a IA está presente no atendimento aos nossos 13 mil clientes. Desde o fechamento de contratos até a ligação de gás, tudo é automatizado, sem intervenção humana”, explicou Sumar.
Na gestão do fornecimento, a IA realiza monitoramento em tempo real dos 1.400 pontos de coleta. “Conseguimos detectar vazamentos, identificar fraudes e controlar a pressão do gás de forma automática. Se há um problema, a própria IA aciona a equipe de campo”, afirmou.
A terceira frente envolve a compra de gás. Com a utilização de modelos preditivos, a CEGÁS otimiza contratos de aquisição do insumo, ajustando os volumes comprados conforme a demanda projetada. “Temos 19 contratos diferentes, cada um com uma tabela de preços variável. A IA nos ajuda a decidir a quantidade ideal para cada fornecedor, reduzindo custos e otimizando o processo”, detalhou.
Perspectivas para o futuro
Com a estrutura atual, Sumar afirma que a companhia está preparada para expandir seus projetos de digitalização. “Hoje, temos uma previsibilidade de consumo com erro de apenas 1,8%, muito abaixo do que era antes. A meta agora é zerar essa margem com a ajuda da IA e ampliar ainda mais os processos automatizados”, finalizou.
A CEGÁS projeta novos investimentos em inteligência artificial para os próximos anos, especialmente para aumentar a segurança e a eficiência no fornecimento de gás natural, acompanhando o crescimento da demanda no Brasil.
Fonte: TI INSIDE Online - Leia mais