Com a digitalização acelerando processos e modelos de negócios, empresas enfrentam um novo ponto crítico: a segurança digital. Em meio à automação crescente e à dependência de dados, o cenário da cibersegurança está se tornando ainda mais complexo agora em 2025, exigindo preparo técnico, cultural e estratégico, especialmente em um contexto de crescente regulamentação e transformação do comportamento do consumidor. para se ter uma ideia, segundo o Gartner, os gastos globais com o setor devem crescer 15,1% neste ano, chegando a US$ 212 bilhões para os usuários finais. Os dados apontam ainda que 17% dos ciberataques serão feitos com inteligência artificial generativa.
De acordo com Rafael Dantas, head de segurança cibernética da TLD, empresa de tecnologia especializada em cibersegurança, infraestrutura digital, omnicanalidade e inteligência artificial, este ano de 2025 está trazendo desafios marcados pela sofisticação de ataques impulsionados por inteligência artificial. “O crescimento dos crimes cibernéticos envolvendo engenharia social aumenta a necessidade de proteger ecossistemas. Ao torná-los cada vez mais conectados e descentralizados, também construímos uma opção viável para a proteção de dados”, comenta.
A TLD aponta que 2025 trouxe o aumento dos ataques automatizados impulsionados por inteligência artificial. Isso porque criminosos digitais têm utilizado as mesmas ferramentas de IA adotadas pelas empresas para identificar vulnerabilidades de forma mais rápida e em maior escala. Um levantamento do Business Insider aponta que 80% dos CISOs de bancos globais afirmam não conseguir acompanhar a velocidade com que os cibercriminosos estão usando IA generativa para seus ataques.
Além disso, o modelo de segurança Zero Trust será cada vez mais adotado, expandindo o princípio de “nunca confie, sempre verifique” para ambientes híbridos, usuários remotos e fluxos de dados em nuvem. Assim como o treinamento contínuo e a construção de uma cultura de segurança devem ser prioridades nas organizações.
“O maior erro das empresas é tratar a segurança digital como um projeto pontual. As organizações que tiverem uma abordagem contínua, baseada em dados e centrada no usuário, estarão em vantagem. Cibersegurança é, antes de tudo, uma questão de cultura”, afirma Rafael.
A cibersegurança também tende a se consolidar como uma vantagem competitiva, uma vez que empresas que investem estrategicamente na proteção de dados ganham mais confiança do consumidor. Já que uma outra tendência relevante é a exploração da cadeia de suprimentos, em que fornecedores terceirizados se tornam alvos estratégicos para atingir grandes organizações
“A transformação digital gerou uma explosão de dados circulando em múltiplos canais, especialmente nos meios de atendimento ao cliente. Se esses pontos de contato não estiverem bem protegidos, se tornam a porta de entrada para ataques. Investir na segurança e na experiência omnichannel será tão importante quanto proteger infraestruturas críticas”, explica Dantas.
As organizações já seguem atentas às necessidades do setor. De acordo com uma pesquisa feita pela Mordor Intelligence, o mercado de cibersegurança brasileiro foi avaliado em US$ 3,3 bilhões em 2024 e com a previsão de alcançar US$ 3,68 bilhões neste ano. Além disso, o aumento dos ataques direcionados a pequenas e médias empresas (PMEs) se tornou um alerta. Muitas delas ainda operam sem políticas estruturadas de segurança da informação e se tornam alvos fáceis. “Queremos desmistificar a ideia de que segurança digital é algo inacessível. Temos tecnologias, metodologias e profissionais preparados para atender desde startups até grandes corporações, sempre respeitando a maturidade digital de cada uma”, conclui Rafael Dantas.
Fonte: TI INSIDE Online - Leia mais