Um novo estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em colaboração com a Universidade de São Paulo (USP). mostrou uma molécula capaz de reverter o déficit cognitivo associado ao envelhecimento e ao Alzheimer. As descobertas foram publicadas na prestigiada revista Aging Cell e giram em torno da hevina, também conhecida como SPARCL-1.
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A SPARCL-1 é uma glicoproteína naturalmente produzida pelos astrócitos, células do cérebro que dão suporte aos neurônios. O estudo mostrou que, ao aumentar a produção de hevina em camundongos idosos e com Alzheimer induzido, houve melhora nas conexões sinápticas e no desempenho cognitivo de ratos.
Enquanto isso, testes comportamentais indicaram avanços em memória e aprendizagem, mesmo sem redução nas placas de beta-amiloide, características de Alzheimer. Isso sugere que a hevina atua por mecanismos distintos dos tratamentos tradicionais, reforçando a hipótese de que as placas não são a causa primária da doença.
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A descoberta também destaca o papel central dos astrócitos no funcionamento cerebral (e não só dos neurônios, como se pensava anteriormente).

Embora o tratamento ainda esteja em fase experimental e restrito a modelos animais, a hevina abre caminho para o desenvolvimento de novos medicamentos capazes de proteger o cérebro do envelhecimento e das demências.
Ainda assim, os próprios pesquisadores reconhecem que existe um longo caminho até que uma molécula envolvida no processo de reversão do envelhecimento se torne um fármaco, principalmente porque é necessário encontrar uma forma de fazer com que o composto ultrapasse a barreira hematoencefálica (protetora do cérebro).
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