Se você tem entre 25 e 45 anos e nunca usou o ChatGPT ou ferramentas similares de inteligência artificial (IA) para te ajudar numa compra ou te dar conselhos de saúde, viagem ou qualquer dica para melhorar seu dia a dia, está na hora de desbravar esse universo.
A IA já está presente em muitos aspectos da nossa rotina – às vezes sem nem nos damos conta – e a tendência é um crescimento exponencial deste, digamos, auxílio. Já vemos marcas anunciando a integração de ferramentas a seus produtos e, cada vez mais, fica mais fácil, intuitiva e gostosa essa experiência.
As TVs não ficam de fora dessa revolução. A inteligência artificial está deixando de ser um diferencial para se tornar um componente essencial no desenvolvimento de televisores. No Brasil, esse movimento acompanha uma tendência global de convergência entre hardware, software e dados, com impactos diretos na forma como os consumidores interagem com seus dispositivos e no próprio modelo de negócios das fabricantes.
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Um dos pilares dessa transformação é o uso de IA para personalização de conteúdo. Algoritmos de machine learning analisam padrões de consumo — como horários de uso, gêneros preferidos e até interações com outros dispositivos da casa — para oferecer recomendações mais precisas e contextuais. Isso não apenas melhora a experiência do usuário, mas também aumenta o tempo de engajamento nas plataformas de streaming, gerando valor para todo o ecossistema.
Outro avanço significativo está na otimização de imagem e som em tempo real. Sensores embutidos nas TVs, aliados a redes neurais treinadas com milhares de cenários de iluminação e acústica, permitem ajustes automáticos que antes exigiam intervenção manual. Tecnologias já presentes até em modelos de entrada são exemplos de como a IA está sendo usada para adaptar a performance do aparelho ao ambiente físico e ao tipo de conteúdo exibido.
Por aqui, há desafios e oportunidades. A penetração de smart TVs já ultrapassa 70% dos lares conectados, segundo dados da Anatel, mas o uso pleno das funcionalidades de IA ainda depende de fatores como conectividade estável, integração com assistentes de voz em português e maior familiaridade do consumidor com interfaces inteligentes. Isso abre espaço para inovação tanto em software quanto em parcerias com produtores de conteúdo.
Além disso, a IA está começando a impactar a própria cadeia de produção e logística. Modelos preditivos estão sendo usados para ajustar estoques com base em sazonalidade e comportamento regional de compra, enquanto algoritmos de visão computacional auxiliam no controle de qualidade em linhas de montagem. Isso representa ganhos de eficiência que podem ser revertidos em produtos mais acessíveis e melhor adaptados ao mercado nacional.
Estamos diante de uma mudança estrutural. A televisão, que assim como qualquer tecnologia passa por dias de luta e de glória, está passando de uma posição passiva a um hub inteligente, capaz de aprender, adaptar-se e interagir com o usuário de forma proativa. Para quem trabalha com tecnologia e inovação, é um momento empolgante. Porque a IA não é apenas uma tendência, é o novo padrão. E quem não abraçá-la vai ficar pra trás.
E para deixar uma provocação: será que o que você está lendo foi escrito por uma ferramenta de IA?
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Fonte: Canaltech - Leia mais