Durante a Febraban Tech 2025, a Dinamo Networks apresentou um pacote de inovações voltadas à proteção de dados e combate a fraudes, com destaque para a criptografia pós-quântica e a biometria de palma da mão. Alexandre Gomes, engenheiro de sistemas da empresa, detalhou as tecnologias que estão sendo incorporadas ao portfólio da companhia, que historicamente atua em projetos de criptografia de alta complexidade no país.
De acordo com Alexandre, o avanço da criptografia é essencial diante da ameaça representada pela computação quântica. “Hoje ainda não existe um computador quântico viável, mas a criptografia precisa estar sempre um passo à frente. Esses algoritmos têm resistência quântica porque são matematicamente muito robustos”, destacou.
A nova linha de equipamentos da Dinamo foi pensada para atender demandas crescentes, especialmente do setor financeiro. O executivo explica que bancos e instituições que lidam com dados sensíveis já começaram a mapear e inventariar os algoritmos de criptografia em uso, em alinhamento com recomendações do próprio NIST. A expectativa é que esse processo impulsione a adoção das novas tecnologias, como forma de preparar as organizações para cenários futuros.
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Além da frente pós-quântica, a Dinamo apresentou soluções complementares com foco em antifraude, baseadas em inteligência artificial, incluindo um sensor de leitura da palma da mão capaz de identificar padrões únicos de veias, fluxo sanguíneo e batimentos cardíacos. A tecnologia, segundo Alexandre, é capaz de diferenciar inclusive gêmeos idênticos, superando limitações de sistemas baseados apenas em reconhecimento facial.
Para ele, os ataques alimentados por IA exigem camadas de proteção igualmente sofisticadas. “Qualquer solução que utilize apenas usuário e senha hoje é extremamente frágil. Você precisa de proteção robusta para enfrentar ataques gerados por inteligência artificial, e também de ferramentas com IA para defender esses ambientes”, explicou.
Alexandre também chamou atenção para o papel do Brasil no cenário global de fraudes, lembrando uma percepção recorrente entre parceiros israelenses da empresa: “Fraudes que só aparecem nos Estados Unidos depois de oito anos, já nascem no Brasil”, afirmou. Diante dessa realidade, ele enfatiza que a segurança deve ser pensada de forma sistêmica, com múltiplas camadas de defesa, e afirma que a criptografia é a última barreira de proteção. “Se toda segurança falhar, e um dia ela vai falhar, o que sobra é a criptografia”, disse, citando Edward Snowden.
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Fonte: TI INSIDE Online - Leia mais