Em declaração à mídia estatal chinesa, o CEO da Huawei, Ren Zhengfei, tentou tranquilizar o governo norte-americano ao afirmar que eles se preocupam excessivamente com a empresa e que “a Huawei não é tão boa assim”.
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A fala do diretor se refere a uma situação iniciada em 2019, quando os Estados Unidos proibiram a exportação de tecnologia de ponta para a Huawei, visando atrapalhar avanços militares da China. A empresa é acusada pelos EUA de ser um braço tecnológico do governo chinês.
Hoje, a Nvidia é a principal fabricante global de chips equipados com inteligência artificial, mas desde que foi proibida de vendê-los para a China, acabou perdendo muito espaço no mercado.
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Impedida de comprar tecnologia americana, a Huawei passou a investir mais nos seus próprios chips para contornar essas restrições e reduzir sua dependência com os Estados Unidos.
O progresso da Huawei foi notável, originando assim o chip Ascend. Em maio, o Departamento de Comércio da Casa Branca declarou que o uso desses chips seria uma violação dos controles de exportação, mais uma vez atacando a empresa diretamente.
Em resposta, Ren Zhengfei pontuou que os chips da Huawei ainda estão uma geração atrás da tecnologia produzida nos Estados Unidos.
O CEO explicou que a empresa segue buscando formas de aprimorar a performance do Ascend, principalmente através de computação em cluster.
“Os Estados Unidos exageraram nas conquistas da Huawei. Nós não somos tão bons assim. Tivemos que trabalhar duro para chegar no seu páreo” afirma Zhengfei.
Tecnologia ascendente
Apesar do diretor da Huawei colocar seu chip como inferior ao da Nvidia, não é bem assim que os analistas de mercado têm visto a situação.
Em abril, o AI CloudMatrix 384 da chinesa superou o sistema GB200 NVL72 da Nvidia em diversas métricas, o que acabou chamando a atenção do governo norte-americano.
Os especialistas de mercado já afirmam que a Huawei tem tudo que precisa para superar a Nvidia e se tornar a fabricante número 1 do mundo no segmento de chips com IA. Por enquanto, o Departamento de Comércio não respondeu às falas de Zhengfei.
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Fonte: Canaltech - Leia mais