Os Estados Unidos devem usar novas tecnologias de “micro-ondas” para abater drones em contextos de guerra. O recém-revelado sistema Leonidas, da Epirus, foi feito para derrubar grandes grupos destes equipamentos, ao danificar seus circuitos eletrônicos.
A tecnologia atua por meio de emissão direcionada de energia em frequência de micro-ondas, que não é tão diferente em relação à usada em fornos domésticos.
Por isso, o Leonidas não precisa usar qualquer tipo de bala, míssil ou laser. Quando atinge um drone, o feixe de micro-ondas é capaz de gerar correntes elétricas dentro dos circuitos do aparelho, que ficam sobrecarregados.
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No processo, o drone não explode nem sofre danos físicos imediatos. Ele simplesmente para de operar e cai no chão. É como se o aparelho voador fosse cozido dentro de um micro-ondas gigante.

O sistema utiliza uma antena de fase controlada, composta por uma grade de pequenos amplificadores de micro-ondas. Na prática, essa configuração permite direcionar eletronicamente o feixe, sem necessidade de movimentar fisicamente a antena.
Portanto, torna-se possível alternar rapidamente entre múltiplos alvos simultâneos, sem a necessidade de uma mira extremamente precisa. Isso aumenta a chance de incapacitar vários drones em uma única detonação.
De acordo com a Epirus, o feixe pode cobrir um arco de 60 graus a partir da antena. Contudo, o alcance máximo da “arma” é segredo.
Sistema de micro-ondas apresenta outras vantagens
Além da possibilidade de eliminar muitos drones de uma vez só, o Leonidas tem um custo por uso muito menor quando comparado aos mísseis, que podem ultrapassar centenas de milhares de dólares por disparo.
O sistema ainda opera de forma contínua, sem necessidade de recarga. No momento, a defesa dos drones contra esse tipo de ataque é considerada “difícil” — testes mostraram que até os equipamentos envoltos em cobre não resistem, pois a energia entra pelos componentes expostos, como hélices e antenas.

O Leonidas também tem vantagens em comparação com os jammers, que apenas interferem em sinais de rádio. Afinal, a nova solução pode funcionar até mesmo com drones autônomos, que não dependem de controle remoto ou GPS.
Desafios da aplicação do Leonidas
Embora seja considerado um sistema com alto potencial num contexto em que drones baratos estão sendo usados como armas letais na Guerra da Ucrânia, o Leonidas ainda traz alguns desafios que devem ser resolvidos no futuro. Um deles é o alto consumo de energia da operação.
Por conta disso, a Epirus emprega semicondutores de nitreto de gálio (GaN), mais eficientes que os tradicionais de silício.
Versões futuras ainda podem ser maiores, capazes de cobrir áreas urbanas inteiras. A redução também é possível, para adaptação em plataformas aéreas e até mesmo em drones atacantes.
Além dos EUA, países como a China já desenvolvem sistemas similares, incluindo um chamado de “Hurricane”. Portanto, é esperado que as armas de micro-ondas se tornem comuns em conflitos modernos.
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Fonte: Canaltech - Leia mais