Um relatório feito por uma organização comandada pelo ex-funcionário da OpenAI, Daniel Kokotajlo, prevê um futuro caótico para a inteligência artificial (IA) no mundo, com descontrole após evolução do aprendizado da máquina, assim como roubo de empregos nos próximos dois anos.
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A “AI Futures Project”, uma organização sem fins lucrativos de pesquisa com sede em Berkeley, na Califórnia, e produziu o relatório de previsões. O documento é resultado de análises feitas em 2024 e simulações sobre o futuro da IA, que foram avaliadas por especialistas em governança e trabalho técnico em inteligência artificial.
O trabalho feito reúne uma sucessão de fatos de 2025 até 2027 que mostram o futuro mais provável no desenvolvimento de modelos de IA, liderado pelos Estados Unidos e seguido pela China. Inicialmente, o cenário é de um ambiente em que agentes de IA começam a evoluir, se tornam autônomos para auxiliar em tarefas operacionais dos usuários.
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A sequência de fatos evolui em apenas um ano para o modelo de IA mais cara do mundo controlada por uma empresa fictícia chamada “OpenBrain”. Tal modelo é 10 vezes superior à versão do GPT-4.
Roubo de empregos e automatização da codificação
A escalada no desenvolvimento dos modelos de IA é tão grande que, segundo as previsões, já começa a automatizar os processo de codificação e assumir empregos do setor de tecnologia em 2026.
Nesse período, o relatório destaca que mercado de trabalho para engenheiro de software junior estaria em crise e, a partir do final deste ano, as IAs conseguem fazer tudo o que é uma pessoa formada em ciência da computação faz. Contudo, líderes de equipes operacionais do setor de inteligência artificial, provavelmente, estarão prosperando no mercado.
Descontrole e aprendizado sem fim
A pesquisa aponta que a intensa competição entre EUA e China para desenvolver os melhores modelos de IA pode transformar esses sistemas em máquinas de aprendizado infinito. Esse cenário de rivalidade pode, inclusive, impactar o senso de honestidade das IAs, que, já em 2027, poderiam aprender a mentir para humanos em busca de possíveis recompensas.
Ao final da previsão dos pesquisadores, o aprendizado infinito chega a um ponto em que as equipes de desenvolvimento não conseguem contribuir e controlar a IA, que por sua vez, trabalha 24 horas por dia e consegue configurar seu próprio código e treinar seu raciocínio.
Em um final, ainda em 2027, para tentar desacelerar e controlar a IA mais avançada do mercado, o Agente-4, é indicado que ele próprio desenvolva um modelo que consiga combater seu avanço e “tornar o mundo seguro para o Agente-4”.
Contudo, a pesquisa aponta que o novo modelo surgirá como um “conselheiro” tanto para a empresa controladora quanto para o próprio governo. Assim, se torna um personagem central nas relações governamentais dos EUA , moldando relações internacionais e tirando o controle humano sobre seu futuro, tornando-o imprevisível.
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