A AMD compartilhou com o Canaltech mais informações sobre seus planos para os consumidores brasileiros e como enxerga algumas questões do nosso país, como a forte presença do público gamer, o crescimento da indústria de inteligências artificiais e a participação de seu ecossistema em toda essa discussão.
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Durante a gamescom latam 2025, nossa reportagem se reuniu com Artur de Oliveira Jr., CPU Distribution Sales Manager; Patrícia Lenny Martins, Head of Graphics Unit e Priscila Bianchi, Area Sales Manager, para conversar sobre este momento que a companhia vive e a forma como eles veem o nosso mercado em 2025.
Com processadores, GPUs, softwares e parceria com fabricantes de notebooks e consoles, a AMD vive uma grande fase e reflete sobre como este crescimento se apresenta dentro da indústria nacional.
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Caminho dos 9000X3D para a AMD
Com a chegada das CPUs Ryzen 9000X3D no último trimestre de 2024, a AMD garantiu a presença dos processadores mais poderosos para jogos e deu um verdadeiro salto. Porém, isso se deve a diversas melhorias que foram realizadas ao longo dos anos pelo time de desenvolvimento.
“Quando fizemos o primeiro processador X3D, inserimos o núcleo, empilhamos o cache em cima dele e isso fez com que o sistema de refrigeração estivesse um pouco mais distante do núcleo. Na segunda geração, invertemos. Agora você tem o cache, o núcleo e o cooler. Com isso, o sistema de refrigeração ficou muito melhor”, afirma Artur de Oliveira Jr., CPU Distribution Sales Manager da AMD.
Para Artur, esta simples alteração permite um grande salto de desempenho para os usuários através do overclock — algo que não foi pensado nas gerações anteriores e se tornou um foco a partir dos Ryzen 9000X3D.
“Qual é o diferencial para o gamer? Eu consigo liberar esse processador para você fazer o overclock. Então, nas gerações 5000X3D e 7000X3D isso não era possível. Hoje você consegue fazer. Para o gamer, aquele ‘raiz’ que deseja explorar o máximo do computador, este detalhe faz uma grande diferença”, reforça o executivo.
Além das CPUs AMD Ryzen 9000X3D, a companhia quis destacar o caminho das Ryzen 9000 “não-X3D” e sua função: firmar a utilização da plataforma M5 entre os usuários.
“A série 9000 veio consolidar a importância que tivemos na transição de plataforma. Nós viemos, desde 2017, com a plataforma M4 e ela continua até hoje. Há dois anos, lançamos a plataforma M5 e primeiro tivemos os processadores da linha 7000. E, no ano passado, a série 9000 que representou um salto de desempenho superior de 15% a até 23% em alguns modelos”, ressalta Artur de Oliveira Jr., CPU Distribution Sales Manager da AMD.
O executivo também aponta que os saltos não ficaram limitados ao desempenho, com um aproveitamento maior em diversas outras questões que vieram a ser relevantes ao público-geral nos últimos anos.
“Trouxemos para a série 9000 algo que sempre trabalhamos muito bem, desde a chegada do primeiro Ryzen: a eficiência energética. Os processadores voltaram a ter uma eficiência muito grande e isto é muito importante para a AMD. Estas CPUs são baseadas na plataforma M5 e têm a mesma garantia de longevidade que tivemos com a M4. Quisemos trazer ao usuário a possibilidade de planejar seu setup sem medo de lançar CPU novo e não caber na plataforma”, reforça Artur.
Já Patrícia Lenny Martins, Head of Graphics Unit, revela que para as placas de vídeo muito foi pensado sobre a amplitude de produtos disponíveis ao público. A intenção era atender todos os tipos de gamers, desde aqueles que desejam economizar até quem vai investir no maior desempenho que estiver disponível.
“Hoje temos produtos que atendem ao público high-end, mas anteriormente a gente chegava até o mainstream. Tivemos ali o Radeon RX 7900 XTX como a nossa GPU mais poderosa, mas não chegava a ser uma placa de entusiasta para competir com o que tinha de mais poderoso no mercado. Hoje sim a AMD tem uma placa para competir com o que o mercado está oferecendo. Hoje nos posicionamos completamente em todos os segmentos: entrada, intermediário e high-end”, afirma Patrícia Lenny Martins.
Windows 11 e inteligência artificial
Em outubro, milhões de computadores com Windows 10 perderão o suporte da Microsoft e isso levará a grandes mudanças no mercado. Para a AMD, essa questão não atingirá tanto os gamers quanto as companhias ao redor do planeta.
“O fim do suporte do Windows 10 é muito mais importante para o mercado corporativo do que para o gamer. Quando você segue para o Windows 11, estamos falando na possibilidade de agregar Copilot Plus, utilização de aplicações de IA que são inerentes ao sistema operacional e que fazem muito sentido ao se discutir renovação. Isso ocorrerá principalmente com notebooks”, revela Artur de Oliveira Jr.
No mercado de notebooks, a AMD garante que trará processadores para atender ao grande número de vendas que é esperado para o fim do suporte do sistema operacional Windows 10.
“Existe uma movimentação do nosso lado e temos produtos para atender essa demanda. Estamos trabalhando de forma forte com os fabricantes. Hoje nós atuamos com Lenovo, Acer, ASUS e Positivo e temos uma troca que funciona através destas parcerias e seus departamentos de marketing para gerar um aumento de vendas”, reforça Priscila Bianchi, Area Sales Manager.

Artur ressalta que este impedimento de upgrades de notebooks é algo que não vai gerar uma preocupação maior em usuários de desktop. Ainda assim, há APUs (processadores com placa de vídeo integrada) que podem ajudar em algumas soluções.
“Hoje temos dois processadores, o 8700G e o 8600G e já tem NPU integrada neles. Isso melhora o desempenho dele em alguns aplicativos, como no caso do Copilot Plus que você precisa de no mínimo 45 TOPS. No segmento de notebooks, você já tem processadores preparados para isso. Desktop sempre vai exigir GPU e CPU. Aí você conseguirá rodar o Windows 11, o Copilot Plus e qualquer outro sem problemas ou restrições”, diz o CPU Distribution Sales Manager da AMD.
Ecossistema AMD
A AMD anunciou recentemente as GPUs AMD Radeon RX 9000, que representam um grande salto para seus produtos. A proposta é trazer uma linha mais robusta para competir diretamente com as opções apresentadas pela NVIDIA e Intel.
“Essas placas carregavam uma expectativa muito grande, não é? Os gamers queriam que a AMD tivesse um produto high-end. Estivemos trabalhando há muitos anos para consolidar a marca Radeon e oferecer produtos para todos os tipos de jogadores, desde o entry-level até o high-end. E isso só pode acontecer agora na série 9000”, afirma Patrícia Lenny Martins, Head of Graphics Unit.
Patrícia comenta que a proposta da companhia é trazer uma grande imersão dentro de seu ecossistema, com diversos produtos para atender diferentes demandas do público.
“Não tivemos um high-end que se destacasse para o público entusiasta, mas estamos focados em trazer a experiência plena para eles. Estamos falando muito sobre APUs, com processadores e GPUs trabalhando integralmente para oferecer um melhor desempenho. Porém, também temos a questão das ferramentas, para que toda a jornada do usuário seja melhor”, afirma a Head of Graphics Unit.

Este trabalho em criar recursos para o público tem tomado a frente de seus projetos, se tornando um aspecto muito importante para o crescimento da AMD dentro do mercado.
“Estivemos trabalhando intensamente no desenvolvimento de ferramentas para melhorar cada vez mais a experiência do usuário. O hardware sem software não é nada. No passado não tínhamos tanto know-how em desenvolvimento e hoje estamos com uma equipe de engenharia de software que é incrível”.
Para Patrícia, o fato da política da AMD utilizar o código aberto é outro facilitador para a adoção dos serviços da companhia dentro do ecossistema.
“A maior parte dos nossos softwares são open-source, o que proporciona uma experiência muito mais ampla para os usuários. Ele não precisa usar somente a nossa plataforma. Se ele tem uma máquina com AMD ou um PC sem, ele consegue fazer a integração desse software”, revela Patrícia Lenny Martins.
Porém, a executiva também afirma que ainda há um caminho a ser percorrido quando se discute games, IA e softwares dentro deste sistema integrado.
“Hoje vemos isto ser muito limitado pela falta de conteúdo. Não vemos muitos jogos com aplicações deste tipo, não se consegue fazer muitas alterações através da inteligência artificial no seu próprio jogo. Há alguns softwares, jogos disponíveis, mas a base de dados e de conteúdo é muito pequena. Para o jogador, hoje vemos algumas mudanças na interface para o game, como mudança no FPS porque você começa a utilizar os aceleradores gráficos junto aos aceleradores da CPU”, revela Patrícia.
A intenção é trazer toda esta evolução para os diferentes tipos de público, desde o consumidor comum até mesmo o mercado empresarial.
“Atingimos o público em geral, usuários da AMD e não só do varejo, mas também os gamers, corporativos, servidores e profissionais de todas as áreas. Essa é a nossa proposta, mas sempre à frente. Antigamente a AMD era vista como a empresa que faz CPU, mas não. Hoje nós vamos muito além disso. Não fazemos só processadores e placas de vídeo. Entregamos tecnologia”, diz a Head of Graphics Unit.
Patrícia Lenny Martins também aponta que isso se estende aos produtos e serviços que utilizam os componentes AMD.
“Entregamos a solução completa, com os consoles portáteis, videogames e até a nuvem. Temos solução para o usuário de entrada, para os usuários que não tem dinheiro para investir em uma máquina que contém uma CPU e GPU potentes. Ele pode comprar uma máquina que vem uma APU e posteriormente migrar para uma GPU. Damos todas as opções, seja para a parte corporativa, servidor, varejo e todas as demais, a gente vem executando muita consistência e linearidade com nosso trabalho”, ressalta Patrícia.
Mesmo que esteja apto a utilizar, através do código aberto, seus softwares e plataformas em outros PCs, ela reforça que apenas dentro do ecossistema da própria AMD que os usuários podem encontrar uma alta performance.
“Essa junção de CPU da AMD, GPU e conectando toda essa experiência tem feito muita diferença”, conclui a executiva.
Processo de evolução de GPUs e CPUs
Para a companhia, existe um caminho direto entre as placas de vídeo profissionais e as GPUs que chegam ao público — aplicando as tecnologias corporativas para o mercado de consumidores conforme conseguem reduzir o seu custo-benefício ao longo do tempo.
“A gente já utiliza da experiência que temos com as placas profissionais para trazer o seu melhor para o consumo. Tudo aquilo que a gente já vem trabalhando, IA, aceleradores e outros aspectos que são aplicados na parte de servidores e nuvem — como as tecnologias da Radeon Pro — já vimos utilizando na série 9000, para que o consumidor pudesse aproveitar também” reforça Patrícia Lenny Martins.

Já em relação aos processadores, Artur de Oliveira Jr. revela que tudo gira em torno da arquitetura Zen. A partir do que eles constroem para ela, é questão de tempo para que os recursos sejam vistos nas demais CPUs.
“Nossa arquitetura Zen permite uma flexibilidade, quando você fala em Ryzen ele é baseado nessa estrutura, seja no desktop ou notebooks. Existe um desenvolvimento de diversas plataformas partindo de uma única arquitetura. Quando você consegue desenvolver, ela vira uma tecnologia para o segmento e todos se beneficiam”, afirma o CPU Distribution Sales Manager.
Além disso, ele exemplificou alguns recursos que chegaram ao consumidor desta forma — o que mostra que é apenas uma questão de adaptar os seus custos e formato para diferentes frentes.
“Por exemplo, o 3D V-Cache foi, a princípio, desenvolvido para as CPUs de desktop e hoje você já vê o Epyc e o Threadripper utilizando essa tecnologia. Esse compartilhamento hoje, para nossa equipe, é supertranquilo”, diz Artur.
Questão de preços
Durante a entrevista, falamos também sobre as questões financeiras que envolvem os produtos com CPUs AMD no Brasil e o que tem sido feito para reduzir os custos dentro do nosso território.
“Trabalhamos de forma muito intensa para mostrar inovação e desempenho. Porém, a tecnologia, o quanto podemos entregar nós sabemos que se torna um caminho longo devido à situação econômica do país. É complicado trazer e produzir nacionalmente, porque todos esses produtos têm taxas que são muito altas”, revela Priscila Bianchi, Area Sales Manager.
Priscila também comenta que estão trabalhando ao lado dos seus parceiros comerciais para trazer mais opções econômicas ao público no Brasil.
“Há dificuldade de produzir localmente. Mas a gente vem trabalhando em projetos, ao lado dos fabricantes, porque já temos esse portfólio, esse mix de produtos lá fora. Então fica muito mais fácil”, reforça a executiva.

Além disso, há uma adoção tímida da inteligência artificial em computadores e notebooks no mercado nacional, que pode avançar com alterações nos valores e no crescimento da própria indústria.
“O público já utiliza isso de forma abrangente nos smartphones. Se fala muito de usar inteligência artificial e já trouxemos aplicativos assim. Porém, há a questão do preço. Eu concordo que é uma barreira ainda para este consumidor, que deseja poder experimentar muito mais. Não acredito que em 2025 conseguiremos quebrá-la, mas eventualmente nós vamos. Ano que vem, por exemplo, já prevemos trazer mais produtos”, reforça Priscila Bianchi.
Apesar dos esforços, ela afirma que estas ações não dependem apenas da AMD e precisam de uma movimentação coletiva. O aumento de outros componentes — como estivemos acompanhando nos casos dos SSDs também traz desafios para uma adesão maior do público
“A AMD tem trabalhado para baixar esses custos para ficar mais acessível, mas em casos como dos notebooks não é apenas nossa área. Só os processadores. Por exemplo, aumentou outros componentes e o fabricante acaba repassando esses preços. Entendemos que precisa trabalhar para trazer melhores opções de preços, mais acessíveis, para conseguir alavancar as vendas e gerar demanda”, revela a executiva.
De acordo com Priscila, há um longo caminho para que os valores estejam mais acessíveis para o público. Porém, já foram dados os primeiros passos na direção de condições melhores.
“No caso do notebook, sabemos que não é somente o processador que conta para a máquina como um todo. Mas estamos trabalhando nisso, estivemos na CES com lançamentos e mostrando o quanto já avançamos e conseguimos abaixar esse preço. Eu acredito que estamos no caminho certo, que consegue gerar uma maior demanda. Mas existe espaço, bem longo, para percorrer”, diz Priscila Bianchi.

Há diversas outras nuances em nosso país, como os processos de importação e de toda a cadeia de produção no Brasil.
“Aqui no país precisa produzir localmente os notebooks, diferente dos outros países da América Latina. Por exemplo, hoje temos mais de 60% do share no México, porque é um produto que eles trazem dos Estados Unidos e complementa todo o conjunto. E aqui no Brasil não. Não conseguimos ter o conjunto completo, porque precisamos produzir localmente”, reforça a executiva.
Já para Artur de Oliveira Jr., CPU Distribution Sales Manager, os produtos disponíveis também têm de caminhar ao lado da economia para gerar um “casamento” entre o que eles produzem com aquilo que o consumidor tem em sua carteira para gastar.
“A AMD foi a primeira fabricante a ter uma solução de entrada com 50 TOPS, então isso vai se refletir no Brasil provavelmente mais rápido do que na concorrência. Porque lá fora isso já é realidade. Se verificar qual o notebook na faixa de US$ 600, o processador que roda Copilot Plus, é da AMD”, revela o executivo.
Para ele, esse é um grande desafio que tem de ser vencido em nosso país, justamente pelas questões que envolvem toda a rede de produção dentro do território brasileiro.
“Essa liderança tecnológica que temos demora um pouco mais para chegar ao Brasil, mas não significa que ela não exista. A AMD tem e lá fora já tem sido adotado de forma mais rápida. Infelizmente, temos no Brasil a questão da produção local”, reforça Artur de Oliveira Jr.
Presença reforçada na gamescom latam 2025
Dentro da gamescom latam 2025, a AMD destaca como a movimentação do público e das parcerias levaram a companhia a levar seus produtos para o evento.
“Essa é uma feira muito importante para todo o segmento. Ela vem ganhando espaço, é um evento forte e a estratégia é essa: precisamos estar presentes, está no DNA da AMD. É o mesmo DNA gamer. Foi até pedido pelos gamers que estivéssemos presentes, então compreendemos essa necessidade e vimos para a feira para mostrar todas as soluções”, revela Priscila Bianchi.
Ela comenta como a AMD se preparou para atender à diversidade de produtos que estariam disponíveis para o público, levando diversos tipos de componentes e em aplicações distintas para trazer uma visão mais ampla.
“No nosso estande temos consoles, desktop, GPU e notebooks. Quem visitou o estande, podia jogar e estar com o produto, ver como usá-lo para montar o PC dele e várias outras coisas. Estamos apresentando para esse público uma solução completa. Essa é uma das nossas estratégias e onde estivemos ganhando espaço. Mostramos um produto legal e com preço agressivo — como é o caso da ASUS, que temos aqui a linha TUF. Estamos fazendo o que prometemos, o que falamos lá no passado”, afirma a executiva.

Artur de Oliveira Jr. complementa com as parcerias que foram realizadas para levar um grande número de PCs e dispositivos para o evento.
“Você tem essas máquinas no KaBuM!, Pichau e Terabyte, são dispositivos que você consegue comprar no e- commerce deles. Queremos atingir quem deseja começar a montar um PC, mostrando que é fácil ter um, equipar os componentes e tirar um pouco daquele estigma de que o cara precisa ser um expert para conseguir jogar no PC”, afirma o CPU Distribution Sales Manager.
O executivo também aponta que são estas parcerias que ajudam a levar para seu público todas as informações necessárias para mergulhar neste universo.
“A partir dessa experiência 360 que completamos nosso objetivo de mostrar isso. O público gamer que tem aqui consegue ver o desktop, com as placas de vídeo, tem o Copilot Plus, onde o consumidor verá que também estamos com notebooks, além dos usuários dos videogames. Tem também os consoles portáteis, onde temos presença. Nós entendemos essa necessidade e temos esse portfólio completo para a experiência desse gamer”, reforça Artur de Oliveira Jr.
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Fonte: Canaltech - Leia mais