A inteligência artificial (IA) está se integrando às decisões do ambiente corporativo, especialmente nos escritórios flexíveis. Ao cruzar dados em tempo real, identificar padrões e antecipar necessidades, ela influencia não apenas a eficiência das empresas, mas também o bem-estar das pessoas que trabalham ali.
Desde ajustes automáticos de temperatura, iluminação e ruído em áreas compartilhadas até a entrega de informações sobre a jornada de trabalho, a tecnologia está remodelando os espaços corporativos de forma personalizada, sem que as pessoas precisem pedir.
“Sistemas inteligentes analisam dados como histórico de produtividade e padrões de uso dos espaços. Se um colaborador passa duas horas por dia no transporte público, por exemplo, a IA pode sugerir um escritório compartilhado mais perto de casa. O resultado é menos desgaste físico e emocional, sem prejudicar a eficiência”, explica Pedro Vasconcellos, cofundador da Woba, maior rede de escritórios flexíveis da América Latina.
No setor de escritórios flexíveis, essa abordagem também permite criar layouts que se adaptam sozinhos. Sensores e algoritmos captam feedbacks indiretos, como a movimentação das pessoas ou o uso de salas, e ajustam os espaços sem interferir na rotina. São tecnologias que trabalham nos bastidores, melhorando a experiência sem chamar atenção.
A IA também ajuda a escolher o melhor ambiente para cada tarefa. Com base no tipo de trabalho realizado — se exige concentração, colaboração ou privacidade —, os sistemas podem sugerir desde salas reservadas para reuniões estratégicas até espaços abertos para trocas rápidas.
“As empresas que adotam uma visão ‘AI First’ não perguntam apenas ‘como a IA pode ajudar’, mas sim ‘quais problemas ela pode nos ajudar a enxergar’. Isso muda completamente a forma como os ambientes são pensados”, afirma Vasconcellos.
Mais do que uma evolução tecnológica, é uma mudança cultural. A IA se torna uma camada invisível de inteligência, conectando comportamento, desempenho e preferências individuais. “Quanto mais os espaços aprendem com os dados, mais se tornam aliados da estratégia do negócio. A empresa passa a entender onde estão seus maiores ganhos de produtividade, o que direciona investimentos e antecipa necessidades”, completa Pedro.
Fonte: TI INSIDE Online - Leia mais