De acordo com um estudo publicado no último dia 20 no European Heart Journal, o fisiculturismo de alto rendimento pode representar riscos significativos à saúde cardiovascular. A pesquisa, liderada por cientistas da Universidade de Pádua, na Itália, acompanhou mais de 20 mil fisiculturistas e identificou 73 mortes súbitas, sendo 46 delas por insuficiência cardíaca.
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O risco de morte súbita entre atletas de elite foi mais de 14 vezes maior do que entre fisiculturistas amadores, especialmente entre competidores da categoria aberta do Mr. Olympia, onde sete dos 100 atletas analisados morreram repentinamente, com idade média de 36 anos.
As causas dessas mortes incluem o uso de esteroides anabolizantes, regimes de treinamento extremos e dietas rigorosas. Autópsias mostraram corações aumentados e espessamento do ventrículo esquerdo, indicando alterações estruturais associadas ao esforço excessivo.
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Os autores do estudo alertam para a necessidade urgente de medidas preventivas, como a implementação de desfibriladores automáticos em eventos e diretrizes médicas específicas para atletas de fisiculturismo.
Casos de morte súbita entre fisiculturistas no Brasil

Nos últimos anos, o Brasil também registrou casos preocupantes de mortes súbitas entre fisiculturistas. Em 2023, tivemos o caso de Rodolfo Duarte Ribeiro dos Santos, de 33 anos, que teve uma parada cardíaca devido a uma hemorragia.
Em 2024, houve o caso do fisiculturista Matheus Pavlak, que sofreu uma parada cardiorrespiratória em Blumenau (SC). Na época, ele tinha 19 anos. O ano também foi marcado pela morte do atleta Antônio Souza, 26 anos, após sofrer uma parada cardíaca depois de disputar um campeonato da competição em Navegantes (SC).
O estudo italiano diz que, com base nos dados obtidos, as associações médicas não podem mais ignorar esse problema de saúde e devem colaborar com as respectivas federações e formuladores de políticas para promover mais segurança aos fisiculturistas.
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