uma base de mais de 70 milhões de clientes e um valor de mercado de US$ 56,8 bilhões, o Itaú Unibanco consolidou uma parceria com a GFT Technologies com o objetivo de aprimorar várias frentes da jornada de migração para a nuvem.
Entre os destaques desta parceria, estão dois projetos: a migração de aproximadamente 187 sistemas e subsistemas da cloud privada para a cloud AWS e a implementação de uma nova plataforma de extrato de alto desempenho para conta digital.
O primeiro projeto ajudou o banco a otimizar as operações, reduzir custos e aumentar a escalabilidade. Entre os principais ganhos:
· Redução de 99% no tempo entre a solicitação de uma entrega na plataforma e sua entrada em produção (platform delivery lead time), se comparado com indicadores de 2019 sobre o modelo anterior, baseado em infraestrutura tradicional.
· Melhoria na experiência do cliente.
· Agilidade na inclusão de novas funcionalidades.
“O movimento do Itaú Unibanco para adoção da cloud é uma prova de que as tecnologias de nuvem transformaram o setor financeiro na capacitação de empresas para atender às necessidades em constante evolução de seus clientes”, comenta Saulo Santos, Business Vice President da GFT Technologies no Brasil. “E como parceiro de serviços tanto da AWS como do Itaú Unibanco, podemos perceber o perfeito alinhamento dessa visão voltada ao cliente, com foco e resiliência para garantir a melhor entrega”.
Estar no ambiente de nuvem também assegura ao banco uma estratégia robusta de recuperação, para que os seus serviços estejam sempre disponíveis e seguros, mesmo em casos de eventuais interrupções. Já os clientes passam a contar com melhor acesso aos dados, tempos de resposta mais rápidos e serviços e aplicações mais confiáveis, especialmente durante períodos de alta demanda.
“Temos um compromisso em garantir o bem-estar financeiro das pessoas. Para isso, conduzimos uma robusta agenda de modernização para garantir um nível de maturidade tecnológica que tem nos possibilitado cada vez mais inovar e levar a melhor experiência para nossos clientes. Esse trabalho conjunto conta com parcerias relevantes e uma dedicação de todo nosso time de tecnologia para tornar as operações do banco cada vez mais seguras, ágeis e simples”, afirma Rodrigo Dantas, diretor de Tecnologia do Itaú Unibanco.
Para alcançar esses resultados, as instituições contaram com uma equipe de especialistas em migração para a nuvem da GFT, que trabalharam em estreita parceria com o Itaú Unibanco e a AWS para garantir um processo eficiente, com interrupção mínima nas operações. Neste contexto, GFT contribuiu diretamente para:
· Transição de 36.000 Unidades de Processamento Central Virtuais (VCPUs).
· Desativação de 93% do ambiente OpenStack do Itaú Unibanco em um período de dois anos.
· Escalabilidade da infraestrutura à medida que a base de clientes do banco continua a crescer, ao mesmo tempo em que alcança melhorias de desempenho de 3,5 a 6,4 vezes melhor do que seus sistemas legados dado a evolução da tecnologia de processadores.;
· Configuração de estruturas de governança.
Extratos digitais mais eficientes e de menor custo
Já o segundo projeto agilizou exponencialmente a consulta de extratos utilizando o Amazon OpenSearch, capaz de processar um milhão de pesquisas e dois milhões de inserções por segundo. Por lidar com aproximadamente um terço das transações financeiras do Brasil, o Itaú precisa contar com uma solução escalável e resiliente para armazenar e acessar 2 PB de dados anuais, garantindo uma experiência quase em tempo real para seus clientes e conformidade legal.
Em parceria com a GFT, a nova arquitetura em cloud trouxe melhorias significativas em latência, observabilidade e gerenciamento de custos, além de assegurar maior resiliência por meio de domínios Multi-AZ e padrões de fila de pesquisa. Entre os principais desafios enfrentados estavam:
· Degradação da experiência devido a pesquisas complexas.
· Altos custos de infraestrutura.
· Baixa escalabilidade.
· Dificuldades na ingestão e armazenamento de dados históricos.
O Amazon OpenSearch permitiu a implementação de um pipeline de ingestão eficiente com Amazon S3, otimização de nós de dados e políticas de ciclo de vida para reduzir custos. Com isso, o desempenho da plataforma melhorou significativamente, permitindo a migração do extrato de conta para a AWS e atingindo tempos médios de resposta de 191 milissegundos para mais de 94 bilhões de solicitações anuais.
Os ganhos obtidos foram expressivos, incluindo uma redução drástica no consumo de MIPS do mainframe em eventos críticos como a Black Friday, caindo de 25 mil MIPS em 2021 para apenas 300 MIPS em 2024. Além disso, a nova arquitetura baseada em células reduziu o impacto de falhas, enquanto otimizações na estrutura de índices e ingestão em lote melhoraram a eficiência operacional.
Os próximos passos nesse projeto incluem a adoção de novas instâncias para segmentação de carga, implementação de Shuffle Sharding para maior resiliência e a habilitação de pesquisa vetorial para aprimorar a experiência do usuário com recursos avançados de NLP.
Fonte: TI INSIDE Online - Leia mais