A Jovi é mais uma marca chinesa a desembarcar no Brasil, e seu primeiro lançamento, o Jovi V50, promete ser uma boa opção para brigar com a Samsung e Motorola no segmento intermediário. O smartphone foi anunciado nesta quinta-feira (29), e nós o testamos o modelo pelas últimas semanas para te contar se ele vale a pena ou não.
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Prós
- Bom desempenho
- Câmeras de ótima qualidade
- Bateria de longa duração
- Design elegante e premium
Contras
- Falta de versatilidade da câmera
Câmeras
O Jovi V50 tem apenas duas câmeras traseiras — uma principal e uma ultrawide — e uma frontal. Cada uma tem 50 MP, então o celular consegue tirar fotos bem definidas com qualquer uma delas.
Só sentimos falta de um terceiro sensor na traseira para imagens melhores com zoom, mas isso é algo presente em todo intermediário, de qualquer forma.
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Ainda assim, o Jovi V50 entrega a melhor qualidade de fotografia que já vimos em um celular intermediário da atualidade. A assinatura da Zeiss dá credibilidade no papel, mas entrega um ótimo resultado também na prática.
As fotos têm um nível alto de definição e cores bem vívidas. O celular também tem uma boa variedade de recursos para o modo retrato, para personalizar tanto o efeito de desfoque do fundo quanto o rosto do retratado. O celular também entrega um ótimo recorte e consegue diferenciar bem o fundo, mesmo em áreas mais difíceis, como ao redor do rosto ou cabelos.

A faixa dinâmica (HDR) é excelente e o aparelho consegue trabalhar muito bem em áreas de sombras, destacando com precisão cada detalhe.
Para gravação de vídeo, ele filma em 4K a 30 fps ou Full HD a 60 fps, tanto com a câmera frontal quanto com a traseira. O nível de estabilidade é satisfatório e, em termos de qualidade de imagem, está dentro do esperado para um intermediário.


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“As câmeras, sem dúvida, são o que mais chamam atenção no Jovi V50. Mesmo com apenas dois sensores traseiros, ele entrega fotos excelentes e é a melhor opção no segmento para quem quer boas câmeras.”
Design, construção e tela
O Jovi V50 tem um design bem elegante, apesar da construção simples. Ele tem acabamento em plástico nas laterais, e vidro tanto na traseira quanto na frontal — que, por sinal, tem proteção Diamond Shield Glass.
O visual do aparelho também é bem elegante e o módulo diferente da câmera é um grande destaque contra os quadros mais “padrão” que estamos acostumados. Outro ponto forte é o flash em formato de “ring light” que, além de deixar o celular mais bonito, também ilumina com bastante intensidade.

A tela é um painel AMOLED de 6,77 polegadas, com taxa de atualização de 120 Hz e resolução de 1.080 x 2.392 pixels. O painel tem um bom nível de exibição, com cores bem realistas e brilho satisfatório mesmo em cenários bem iluminados.
Configurações e desempenho
O Jovi V50 é equipado com o chipset Snapdragon 7 Gen 3, com combinação de 12 GB de RAM com 512 GB de armazenamento interno. Assim, o celular tem mais memória RAM que muitos intermediários, que ficam na média dos 8 GB.
Na prática, o celular vai muito bem em desempenho. Ele tem uma navegação bem fluída e ágil para várias tarefas, e aguenta muito bem ao rodar apps em multi-tarefas, com alguns em segundo plano.
Já no nosso teste de desempenho padrão, ele pontuou bem no AnTuTu, e marcou 809.043 pontos. Como comparação, é pouca coisa a menos que o Galaxy A56, que chegou a 909.057. Ainda assim, essa diferença não deve refletir tanto no dia-a-dia.

Bateria de longa duração
O Jovi V50 tem uma bateria de 6.000 mAh, com suporte para carregamento rápido de 90 W. Na prática, o celular tem uma ótima autonomia e desbanca a maioria dos celulares Android populares no Brasil.
No nosso teste de bateria padrão, ele consumiu apenas 18% da carga em um uso de aproximadamente seis horas, alternando entre apps como redes sociais, jogos, mensageiros, streaming de vídeo, entre outros.

Neste cenário, estima-se que sua carga dure aproximadamente 33 horas. Como comparação, essa é a mesma marca do iPhone 16 Pro Max — aparelho que teve o melhor resultado neste ano aqui no Canaltech.
Ele também fica bem à frente de modelos Android que foram bem, como o Galaxy S25 Ultra, Motorola Edge 60 Fusion e OPPO Reno 13.
“A bateria é um dos maiores destaques do Jovi V50, e o celular oferece autonomia para mais de um dia de uso, tranquilamente. Isso o coloca entre as melhores opções para quem busca um celular com este propósito.”
Concorrentes diretos
Como um celular intermediário, o Jovi V50 compete diretamente com modelos como Galaxy A56 e Motorola Edge 60 Fusion. Os três modelos tem uma proposta parecida, e entregam um funcionamento equivalente no dia-a-dia.
O Galaxy é popular pelo custo-benefício, e entrega uma interface bem personaliza, porém otimizada de forma que entrega uma excelente experiência.
Nos nossos testes, pecou um pouco na câmera ultrawide, que entrega cores muito artificiais. Mas ele se destaca pelo zoom eficiente, e mantém um bom nível de definição.
O Motorola, por sua vez, traz um visual diferenciado e se destacou pela bateria — apesar de ainda ficar atrás do Jovi, por pouco.
O Edge também é um dos poucos celulares a oferecer muita resistência, com certificado IP69 de proteção contra poeira e água, e militar MIL-STD-810H, contra impactos e outras intempéries.

Já o Jovi V50 estreou com um conjunto bem completo, e tem a melhor autonomia de bateria, câmeras bem eficientes e um ótimo desempenho geral. O modelo, em resumo, tem potencial para ser o melhor intermediário atual no Brasil.
Quanto ao preço, há uma diferença considerável pelo fato de o Jovi e o Motorola serem mais recentes, enquanto o A56 já está há alguns meses no mercado. Confira o preço de cada um:
- Galaxy A56 256 GB: R$ 2.300;
- Motorola Edge 60 Fusion 256 GB: R$ 2.700;
- Jovi V50 512 GB: R$ 4.999;


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Vale a pena comprar o Jovi V50?
O Jovi V50 surpreendeu bastante nos nossos testes e se destacou como um dos melhores intermediários no Brasil. Seu conjunto de câmeras é o melhor na categoria, sua bateria oferece uma autonomia excelente e a usabilidade geral é ótima
A questão é o preço de lançamento nada convidativo. R$ 4.999 é completamente fora da realidade no mercado de intermediários.
Porém, entendemos que esse número pode cair um pouco ao longo dos meses e, quando (ou se) ele chegar a uma faixa de R$ 2.300, começará a fazer mais sentido e, certamente, será a melhor opção entre a concorrência.
O V50 tem potencial para ser o melhor intermediário do Brasil, mas isso não será verdade enquanto ele tiver preço de top de linha.
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Fonte: Canaltech - Leia mais