A Lua cheia que vai iluminar o céu em junho será a mais baixa das últimas décadas. A chamada “Lua de Morango” ocorre nos dias 10 e 11, apenas dez dias antes do início dos solstícios de verão e de inverno.
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A expectativa é de que, nas latitudes médias do Hemisfério Norte, a Lua cheia deste mês apareça muito próxima ao horizonte. Já nas latitudes extremamente altas — em locais como Alasca, Groenlândia e Islândia —, a Lua nem sequer aparecerá no céu, de tão baixa que estará.
A explicação principal está na relação entre a posição do Sol e da Lua no céu. A Lua cheia sempre ocorre quando o satélite natural da Terra está oposto ao Sol.
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Como junho marca o solstício de verão no Hemisfério Norte, o Sol está em seu ponto mais alto no céu. Assim, a Lua cheia, ao estar oposta, aparece mais baixa, praticamente “tocando” as paisagens. No Hemisfério Sul, no entanto, vai acontecer exatamente o inverso: a Lua vai aparecer mais alta no horizonte.
Grande Parada Lunar
Há também fenômenos de longo prazo que influenciam a trajetória da Lua. A órbita do satélite natural é inclinada em 5,15° em relação à eclíptica — o plano da trajetória da Terra ao redor do Sol.
Essa inclinação faz com que a Lua varie sua declinação de aproximadamente +28,6° a -28,6° no céu, valor que resulta da soma de 23,5° — a inclinação do eixo terrestre — com os 5,15° de inclinação da órbita lunar.
Quando a Lua atinge seus pontos extremos de declinação, os locais onde surge e se põe no horizonte param de se deslocar por um tempo e, em seguida, invertem de direção. Esse fenômeno é chamado de Parada Lunar, e ocorre duas vezes por mês, nas fases de Lua nova e Lua cheia.
Contudo, há um movimento ainda mais lento: a precessão da linha dos nós da órbita lunar, causada pela gravidade do Sol, que desloca essa linha cerca de 19° por ano. Esse ciclo completo dura aproximadamente 18,6 anos e dá origem à chamada Grande Parada Lunar. Esse evento extremo foi registrado pela última vez em 20 de junho de 2006.
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