A farmacêutica EMS anunciou que vai lançar, em agosto, seu primeiro medicamento injetável contra a obesidade: o Olire. Será aplicado por meio de uma caneta injetável, de uso diário e com doses ajustáveis conforme orientação médica. O medicamento é indicado para adultos e adolescentes a partir de 12 anos com obesidade ou sobrepeso acompanhado de outras doenças, como diabetes ou pressão alta.
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Desenvolvido com tecnologia própria, o produto será fabricado na planta da empresa em Hortolândia (SP) e marca a entrada da EMS no mercado dos chamados análogos de GLP-1, substâncias usadas no controle do peso e do diabetes tipo 2.
Apesar do formato semelhante a outras opções já conhecidas do público, o Olire não é um genérico. Segundo a EMS, ele foi aprovado pela Anvisa como um novo medicamento, considerando que é baseada em uma plataforma de síntese química, que confere um produto de alta pureza e com tecnologia de ponta.
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O lançamento deve chegar às farmácias com preços entre 10% e 20% menores do que os medicamentos de referência. Ainda em 2025, a empresa planeja exportar o Olire para países como Estados Unidos e membros da União Europeia.
Caneta contra diabetes

Além do Olire, voltado à obesidade, a EMS também lançará o Lirux, destinado ao tratamento do diabetes tipo 2. Ambos compartilham a mesma substância ativa, mas têm doses e indicações diferentes. A dose de Lirux é de até 1,8mg ao dia e de Olire, de até 3mg ao dia. O diretor médico da EMS, Iran Gonçalves Jr, explica:
Olire e Lirux são medicamentos à base de liraglutida, produzidos a partir de uma tecnologia moderna que envolve a síntese química de peptídeos e é pautada nos guias da FDA (agência americana) mundialmente reconhecidos, reproduzindo a cadeia peptídica com alto grau de pureza e rendimento. Essa tecnologia é a que está viabilizando inclusive as novas gerações de hormônios peptídicos.
A previsão da EMS é produzir 200 mil canetas (entre Olire e Lirux) para atendimento dos primeiros meses de lançamento, ainda em 2025. Em 12 meses, deverão ser disponibilizadas mais de 500 mil unidades no Brasil. A EMS também já se prepara para o lançamento da semaglutida em 2026, quando a patente do medicamento expirará no Brasil.
Com o aumento nos casos dessas doenças crônicas no Brasil, a expectativa é de que os novos produtos (a caneta contra obesidade e a caneta contra diabetes) ampliem o acesso a tratamentos.
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