Em um mundo onde a internet sem fio está tão presente no cotidiano da população, é difícil imaginar que a fonte de todas as nossas conexões parte de cabos submarinos gigantescos. É tão difícil que muitos ainda acreditam que nossa internet está sendo fornecida por satélites de baixa órbita terrestre – mas não é o caso!
- Starlink x Fibra ótica: já chegou a hora de contratar internet via satélite?
- Quais os benefícios da internet de fibra ótica?
A tecnologia dos cabos submarinos data do século XIX e já era utilizada muito antes da internet, mas foi aperfeiçoada com o tempo e hoje é insubstituível em serviços de telecomunicações. A seguir, entenda por que a sua internet vem desses cabos e não de satélites.
Qual a função dos cabos submarinos?
Você já deve ter reparado que, na sua casa, se conectar pelo Wi-Fi reduz significativamente a velocidade de conexão com a internet.
–
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
À medida de comparação, baixar um jogo ou um filme pelo cabo de rede deixa bem claro que a conectividade cabeada é muito superior ao formato sem fio. Contudo, até mesmo a sua rede Wi-Fi precisa de um cabo para conseguir distribuir sinal de internet pela casa.
O dispositivo responsável por essa distribuição é o roteador, que por sua vez está recebendo uma imensidão de dados do cabo de fibra puxado da rua.
Quanto mais fundo formos, eventualmente chegamos nos cabos que estão embaixo do oceano, ligando diferentes países e continentes através da rede. Por isso, tenha em mente que toda conexão sem fio parte de um sistema que depende de fios para se manter funcionando.

Os cabos submarinos funcionam de forma bem semelhante ao cabo de fibra óptica que você tem na sua casa, só que em uma escala incontáveis vezes maior.
Eles também são compostos pela mesma fibra, mas são extremamente reforçados para que não haja perda de sinal embaixo d’água – e também para que não sejam destruídos facilmente, pois isso acaba gerando prejuízos inestimáveis.
Esses cabos se estendem do oceano até uma estação em terra, ligando ponto A ao ponto B. A partir dessas estações, as operadoras de telecom distribuem a conexão recebida de forma territorial.
A extensão deles varia muito, pois existem cabos ligando todos os tipos de lugares ao redor do globo.
Por que não usar satélites?
Hoje, o serviço de internet via satélite está bem mais acessível, tendo como principal vantagem a possibilidade de se conectar de forma sem fio em qualquer lugar do mundo – até onde não existe sinal de celular.
Contudo, assim como sua rede Wi-Fi não entrega o potencial máximo da sua internet, o mesmo acontece com os satélites.
Seguindo a mesma lógica do seu roteador, os satélites também dependem de uma rede cabeada para funcionar.
Existem estruturas gigantescas que funcionam como antenas, emitindo o sinal recebido pelos cabos submarinos diretamente para o espaço; os satélites captam essas ondas e, com sua tecnologia, as distribuem para todos os cantos do globo.

Toda essa arquitetura por trás dos satélites já sacrifica grande parte da banda recebida pelos cabos, então a conexão recebida pelos usuários acaba sendo bem inferior à de uma rede cabeada – ainda que não seja lenta, na maioria dos casos.
Os satélites podem até ser utilizados como um complemento aos cabos submarinos, mas de forma limitada, atendendo somente distâncias menores (como entre diferentes cidades de um mesmo país, por exemplo).
Sendo assim, podemos concluir que não existe internet sem a rede cabeada alojada nas profundezas do oceano.
As conexões sem fio certamente foram um grande milagre tecnológico, mas elas nunca vão atingir o mesmo potencial das suas variantes cabeadas. É por isso que os satélites não podem substituir a fibra óptica.
Leia mais no Canaltech:
- Galaxy S25 Edge: Samsung anuncia plano com desconto em novas gerações
- Galaxy Buds Core: novo fone acessível da Samsung surge com nomenclatura inédita
- Criminosos enviam iPhones roubados no Brasil para a China; entenda
Leia a matéria no Canaltech.
Fonte: Canaltech - Leia mais