Com o avanço da tecnologia, a cabine dos carros foi ficando cada vez mais avançada, com telas melhores, mais funções e, principalmente, menos botões.
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Para deixar o visual do interior mais limpo e moderno, muitos fabricantes retiraram os controles físicos do painel, jogando tudo para dentro da central multimídia. Mas isso não parece ter agradado tanto os consumidores.
Após pesquisas e feedbacks diretamente com os clientes, algumas montadoras voltaram atrás quando o assunto é o fim dos botões físicos em seus carros.
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Novas diretrizes “defendem” botões físicos
A EuroNCAP (sigla para European New Car Assessment Programme), organização responsável por realizar testes de carros novos no Velho Continente, também afirmou que incentivará as montadoras a instalar mais controles físicos em seus carros para alcançar classificações mais altas de segurança. As montadoras estão em alerta e precisam trazer os botões de volta”, disse Matthew Avery, diretor de desenvolvimento estratégico da EuroNCAP, ao portal WIRED.
Segundo as novas diretrizes da EuroNCAP, os motoristas não podem deslizar, tocar ou alternar o movimento enquanto estiverem dirigindo. Controles simples, como limpadores de para-brisa, pisca-alerta ou até mesmo controles de clima devem possuir alternativas analógicas para isso, facilitando o uso.
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Como as fabricantes estão lidando com isso?
Com a recusa por parte dos consumidores, as marcas estão lentamente admitindo o erro em relação à falta de botões físicos em seus cockpits. A Volkswagen, por exemplo, já afirmou que voltará a disponibilizar botões para volume, climatização da cabine e dos bancos, e para luzes de emergência. “Essa mudança se aplicará a todos os carros que fabricarmos daqui para frente”, disse o chefe de design da empresa, Andreas Mindt, à revista automotiva britânica Autocar .
A Hyundai também já anunciou que manterá os botões em seus carros após um estudo realizado. A pesquisa, feita pela fabricante nos Estados Unidos, mostrou que os motoristas não se sentem confortáveis com a falta de comandos simples, como a temperatura do ar-condicionado.
Outros bons exemplos são BMW e Honda. A primeira foi uma das pioneiras quando o assunto é desenvolvimento de interfaces digitais, mas está voltando atrás após reconhecer a importância dos controles físicos.

Porém, vale destacar a Toyota neste tema. A empresa manteve as características principais na cabine de seus carros, mas também adicionou tecnologia e conectividade sem perder itens essenciais, como os botões físicos. Isso pode ser visto, principalmente, no Corolla.
De acordo com pesquisa realizada pela organização britânica, IAM RoadSmart, a utilização da central multimídia ao dirigir é mais perigosa que o uso do celular ao volante ou consumo de álcool.
“É realmente importante que direção, aceleração, frenagem, troca de marchas, luzes, limpadores de para-brisa, tudo o que permite que você realmente dirija o carro, seja tátil”, argumenta Steven Kyffin, ex-reitor de design e vice-reitor da Universidade de Northumbria, no Reino Unido, em entrevista para o portal WIRED.
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