Uma análise do TechInsights revelou que o PS5 Pro custa apenas 2% mais que o PlayStation 5 padrão para ser fabricado. Isso significa que, para a Sony, cada um dos novos consoles que são produzidos tem, tecnicamente, o mesmo custo daqueles que estão no mercado desde o ano de 2020.
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Ainda que a elevação nos custos seja “ínfima”, o repasse dela para o público é extremamente alto. Nos Estados Unidos, enquanto o console comum é vendido pelo preço sugerido de US$ 499, o modelo premium tem preço de US$ 699 — aproximadamente 40% mais.
No Brasil, esse cálculo vai além: o PlayStation 5 pode ser encontrado na faixa dos R$ 3.500, enquanto o PS5 Pro foi lançado a preço sugerido de R$ 6.999. Nem é preciso abrir a calculadora para perceber que é um aumento de 100% no valor que o consumidor paga para a Sony.
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A companhia não se pronunciou em relação à análise do TechInsights, porém são dados que representam um grande impacto para qualquer pessoa que observa o mercado. Ainda que traga tecnologias próprias, que vão além dos componentes, esta diferença gritante tem potencial de se tornar uma discussão polêmica entre consumidores e a indústria gamer.

O que há dentro do PS5 Pro?
Para produzir o PS5 Pro, a Sony tomou várias ações que elevam o seu desempenho. Uma delas é a adoção do processador AMD CXD90072GG, um chip personalizado que combina a arquitetura Zen 2 com gráficos RDNA 3.0 — o que traz visuais melhores do que o PlayStation 5, que utiliza o RDNA 2.0.
Ainda que seja uma versão melhor, o seu custo é menor do que a versão anterior. Enquanto o chip do PlayStation 5 padrão representa 30,91% do valor do videogame, a versão do modelo mais recente tem um peso de 18,52% dos custos totais de fabricação do videogame.
Porém, a situação fica mais séria quando falamos da memória RAM e armazenamento do PS5 Pro — que representam 35% do custo total do console. Ele possui 16 GB de GDDR6 da Samsung, enquanto há 2 GB de DDR5 e 2 TB de SSD 3D TLV V-NAND, ambos da Micron. É isto que mais auxilia a capacidade que o dispositivo tem de rodar jogos mais exigentes.

A Sony também pode argumentar que o console possui aprimoramentos em sua conectividade. O modelo mais novo possui suporte para tecnologias como o Wi-Fi 7 e o Bluetooth 5.1, que melhoram a velocidade de conexão e reduzem problemas como input lag e outros que podem impactar o gameplay. Porém, ainda assim, a elevação de custos é de apenas 2%, algo “pouco” para a diferença de preço entre as duas versões da atual geração.
É importante notar que o PS5 Pro já completou seis meses no mercado, porém ainda há algumas lacunas que a Sony precisa preencher para torná-lo viável — o que vai além do seu valor. O upscaling PSSR, por exemplo, tem um saldo positivo, mas muitos reclamam que ele acaba interferindo na imagem e até piorando ela em alguns jogos.
Já os títulos “PS5 Pro Enhanced” ainda estão longe de chamar a atenção, com o suporte sendo oferecido para algumas experiências exclusivas da PlayStation Studios e lançamentos de games AAA — o que não representa uma grande fatia no mercado, com poucos deles lançados a cada mês.
Enquanto a companhia já confirmou estar trabalhando com a AMD para trazer um upscaling de maior qualidade no futuro, nada foi dito sobre o aumento do suporte aos jogos para aprimoramentos visuais no modelo mais recente.
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