Do Rio de Janeiro — A Inteligência Artificial (IA) veio para ficar. A tecnologia, que ganhou ainda mais projeção com as IAs generativas como o ChatGPT, já faz parte da nossa rotina. Ao mesmo tempo em que é difícil imaginar a vida sem elas, é importante entender como funcionam e qual é o seu custo ambiental para que o uso seja responsável e sustentável. No Rio2C, nesta quarta-feira (28), o tema foi debate de um painel apresentado pela diretora de Off Grid Business da Huawei, Bárbara Pizzolato, e do professor Ângelo Vieira Jr.
- Rio2C começa nesta terça-feira (27); confira os destaques da programação
- Como viralizar nas redes? Autenticidade é a resposta, pontua gerente da Meta
A demanda crescente no consumo de energia pelas ferramentas de inteligência artificial permeou discussões durante todo o painel, e a regulamentação da IA no Brasil também foi assunto. Ângelo trouxe dados relevantes para se entender o contexto global quanto ao consumo de energia pelas IAs, e Bárbara pontuou a necessidade de se ter uma infraestrutura sustentável em data centers para reduzir o impacto ambiental dessa tecnologia.
Qual é o impacto ambiental gerado pelo uso de IAs?
As falas de Ângelo e de Bárbara convergem em um ponto comum: no reconhecimento de que o consumo de energia para manter os data centers que alimentam as IAs generativas precisa ser sustentável.
–
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
Durante a conferência, Ângelo trouxe alguns dados que ajudam em uma melhor compreensão sobre esse consumo. A geração de um texto de cerca de 100 palavras, por exemplo, equivale a 14 luzes led ligadas por uma hora. Já a criação de uma imagem, por sua vez, tem um consumo que se assemelha ao de uma carga completa de um celular.
Mas, além da energia, também há o consumo de água para manter os data centers funcionando. E a água não só precisa de tratamento como tem de estar refrigerada.
Alternativas para um consumo mais sustentável
Ao longo do painel, algumas soluções possíveis para um consumo de energia mais sustentável foram levantadas por Bárbara, incluindo o uso de fontes renováveis, como os painéis solares. Além disso, a executiva também pontuou que é importante educar as pessoas sobre o consumo e custo dessa tecnologia para que elas possam fazer escolhas mais conscientes.
Bárbara também defendeu que os data centers não precisam, necessariamente, ficar próximos de localidades onde haja maior demanda pela IA. Sendo assim, eles podem ser alocados em lugares mais distantes e que tenham custo de terra menor, pois o público tolera a latência da tecnologia — ou seja, as pessoas não se incomodam com a possível demora na resposta da ferramenta pois entendem que ela está buscando a informação.
Em outras palavras, é possível movê-los para locais cujo custo de terra é menor e a área possa ser aproveitada para a instalação de painéis solares, por exemplo, reduzindo o consumo de água ao tempo em que gera energia renovável.
Como foi o segundo dia de Rio2C
No segundo dia de Rio2C, o Canaltech acompanhou painéis sobre tendências de consumo nos meios digitais e os bastidores de planejamento e execução em produções de impacto no audiovisual.
Além disso, também marcamos presença em palestras que levantaram debates sobre como os algoritmos das redes sociais podem influenciar a criatividade de produtores de conteúdo e, claro, em conferências que discutiram os impactos ambientais do uso da IA. Acompanhe tudo sobre o evento aqui no Canaltech.
Veja mais do Canaltech:
- O futuro da inteligência artificial é a ‘IA geral’, afirma gerente da Meta
- Neve, chuva congelada ou geada? Conheça diferença entre os fenômenos de inverno
- Mais One UI 7: Galaxy A54 e A73 são atualizados com Android 15 no Brasil
Leia a matéria no Canaltech.
Fonte: Canaltech - Leia mais