Na última segunda-feira (2), a startup de neurotecnologia Paradromics, rival da Neuralink, anunciou a realização do primeiro implante humano de sua interface cérebro-computador (BCI), chamada Connexus. O procedimento ocorreu em 14 de maio na Universidade de Michigan, durante uma cirurgia de epilepsia. O dispositivo foi inserido e retirado do cérebro do paciente em cerca de 20 minutos, sem complicações, e conseguiu registrar sinais neurais com sucesso.
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Embora os resultados iniciais sejam promissores, o procedimento ainda faz parte de uma etapa preliminar de testes. A empresa afirma que os dados obtidos são importantes para validar a segurança e a funcionalidade da tecnologia em humanos.
Projetado para auxiliar pessoas com deficiências motoras severas, como paralisia, lesão medular ou esclerose lateral amiotrófica (ELA), o Connexus utiliza algoritmos de inteligência artificial para interpretar sinais cerebrais e traduzi-los em comandos digitais, como digitar em um computador.
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No entanto, o dispositivo ainda não possui aprovação da FDA (Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA), condição necessária para que possa ser comercializado ou usado amplamente em tratamentos.
A Paradromics planeja iniciar um ensaio clínico mais abrangente ainda em 2025, focando na avaliação da segurança de longo prazo e na eficácia da tecnologia em aplicações reais.
“Já sabíamos que tínhamos um dispositivo de ponta. Agora demos um passo essencial rumo ao uso real em pacientes”, afirmou Matt Angle, CEO da empresa. Apesar do otimismo, o caminho até a aprovação regulatória e uso clínico em larga escala ainda é longo (um desafio enfrentado por outras empresas do setor, incluindo a própria Neuralink, que chegou a enfrentar problemas com os fios de chip cerebral).
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