Shane Parrish, pensador estratégico, autor bestseller e podcaster e Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, participaram do VTEX Day, e compartilharam suas visões, experiências e aprendizados valiosos sobre os desafios da vida profissional e pessoal, o impacto da Inteligência Artificial e como ser uma pessoa mais estratégica no mundo dos negócios e da inovação.
- App do Nubank ganha Pix por Aproximação, mas apenas no Android
- Eles não respiram, mas vão trabalhar com você: humanos digitais e agentes de IA
O poder da Inteligência Artificial no mundo dos negócios
Shane Parrish iniciou a conversa destacando a forma como a AI tem revolucionado a maneira como criamos e consumimos conteúdo. Parrish, que tem uma forte presença digital com seu podcast e livros, mencionou que, embora a tecnologia de Inteligência Artificial seja impressionante, é essencial que os criadores de conteúdo se destaquem pela autenticidade.
“Em um mundo onde a IA pode simplificar até mesmo a nossa voz em um podcast, a verdadeira conexão com as pessoas é o que realmente importa. A Inteligência Artificial pode fazer muito, mas ela não pode replicar a experiência humana, a emoção e o significado que se cria ao se conectar genuinamente com seu público“, afirmou Shane.
–
Entre no Canal do WhatsApp do Canaltech e fique por dentro das últimas notícias sobre tecnologia, lançamentos, dicas e tutoriais incríveis.
–
Ele também comentou sobre o uso de IA em seu próprio trabalho: “Recentemente, gravei um episódio de 20 minutos de áudio, e ele foi escutado mais de 200 mil vezes. Nenhuma pessoa gravou isso, foi a IA. No entanto, o segredo está em ser melhor que a Inteligência Artificial. Você tem que ser único. A AI está avançando a passos largos, mas o diferencial ainda é a autenticidade humana.”
Conexões verdadeiras no mundo digital
Cristina Junqueira, cofundadora do Nubank, complementou a fala de Shane ao trazer sua experiência no mundo dos negócios, especificamente no ambiente digital. Para Cristina, em um mundo cada vez mais tecnológico, o maior desafio é não perder a conexão humana. Ela acredita que, ao mesmo tempo que as empresas estão incorporando a tecnologia e IA, elas devem se esforçar para garantir que a experiência emocional com seus consumidores permaneça forte e autêntica.
“Com mais tecnologia, a maior importância que temos é sermos verdadeiramente humanos quando isso importa. No contexto das empresas, é essencial que as pessoas se sintam parte de algo maior“, destacou Cristina. Ela mencionou também como o Nubank, que iniciou com uma proposta disruptiva de digitalização dos serviços bancários, conseguiu criar um laço emocional com seus clientes, o que foi fundamental para o sucesso da empresa.
Aprendizados valiosos na vida pessoal
Um ponto que gerou muito interesse durante a conversa foi o impacto da parentalidade na vida dos dois líderes. Shane compartilhou algumas experiências pessoais sobre como ser pai o fez desenvolver habilidades como paciência, comunicação e a capacidade de estar presente no momento.
Ele relembrou um momento difícil em que enviou seu filho para uma escola de francês na França, mesmo ele não falando a língua e não gostando da ideia no início.
“Foi difícil ver meu filho sofrer todas as noites, mas foi a melhor lição de vida que ele poderia aprender. Ele aprendeu a ser resiliente, a enfrentar desafios e a encontrar soluções para problemas difíceis. Isso, mais tarde, se refletiu em sua confiança e habilidade para lidar com situações difíceis“, relatou Shane, emocionado.
Cristina também trouxe sua experiência como mãe, destacando como a criação de filhos exige muita resiliência e disciplina. Ela mencionou que, apesar de ser desafiador, a experiência de ser mãe e empresária a ensinou a equilibrar e priorizar o que realmente importa. “Ser mãe é um trabalho árduo, mas ao mesmo tempo, é o trabalho mais gratificante“, afirmou Cristina, com um sorriso.
A importância de estratégia e planejamento
No evento, a conversa também girou em torno do tema estratégia, uma das especialidades de Shane Parrish. Ele compartilhou conselhos valiosos sobre como alcançar grandes objetivos, como escrever um livro ou criar uma empresa, sem se deixar dominar pela procrastinação.
“Quando você tem um grande objetivo à frente, como escrever um livro, por exemplo, muitas pessoas ficam intimidadas. Mas o segredo é dividir o objetivo em pequenas tarefas diárias, como escrever uma frase ou um parágrafo por dia. Você começa devagar, mas a consistência vai criando uma dinâmica. E esse dinâmica é o que leva a grandes conquistas“, explicou Shane.
O futuro das empresas e a criatividade no mundo da IA
A conversa também abordou como a IA pode impactar as empresas e a criatividade no futuro. Cristina e Shane concordaram que, com o avanço da Inteligência Artificial, as empresas precisarão ir além da simples implementação de tecnologia. Elas terão que criar uma conexão emocional com seus clientes e consumidores, algo que a IA ainda não consegue replicar de forma genuína.
“É importante entender que, no futuro, empresas que usarem Inteligência Artificial precisarão focar na verdadeira conexão humana. Se não, elas acabarão apenas competindo em um jogo de eficiência, mas perderão o elemento emocional que as torna únicas“, disse Shane.
Cristina complementou com um exemplo prático de como o Nubank busca se conectar emocionalmente com seus clientes, apesar de ser uma empresa digital. “Quando começamos, muitos viam o Nubank apenas como mais uma fintech. Mas ao longo do tempo, conseguimos criar um vínculo emocional com nossos clientes, e isso foi fundamental para o nosso sucesso“, disse Cristina.
O futuro dos negócios e a jornada pessoal
No final da conversa, tanto Shane quanto Cristina destacaram a importância de equilibrar vida profissional e pessoal, além de enfatizarem a necessidade de sempre manter uma visão estratégica no que se faz, seja criando conteúdo, desenvolvendo um produto ou criando uma conexão emocional com o público.
O que fica claro é que, enquanto a tecnologia e a IA estão mudando rapidamente o mundo ao nosso redor, o que realmente irá distinguir as empresas de sucesso será a autenticidade humana. A chave está em ser mais do que apenas uma máquina produtiva, é ser alguém que se conecta com outros, que entende a importância de se estar presente e que busca deixar um impacto positivo no mundo.
Saiba mais:
- Futuro do trabalho: como resgatar o lado humano na era da IA?
- Qual é a diferença entre IA generativa e agentes de IA?
- Com medo de errar, Brasil perde tempo na corrida pela inteligência artificial
Leia a matéria no Canaltech.
Fonte: Canaltech - Leia mais
