Durante a Febraban Tech 2025, Rodrigo Bochicchio, diretor executivo de Marketing da Visa, destacou em entrevista à TI Inside como a companhia tem intensificado o uso de dados comportamentais e inteligência artificial para entregar experiências hiperpersonalizadas aos consumidores, estratégia que, segundo ele, vem se consolidando como diferencial competitivo no mercado financeiro.
Segundo Bochicchio, a hiperpersonalização deixou de ser apenas um conceito e se tornou prática efetiva com o avanço da tecnologia. “A gente fala muito de comportamento, não só do lado transacional, mas também comportamental. Principalmente no marketing, se eu não olhar para o comportamento do consumidor, não consigo atingir meu objetivo de gerar conexão com ele”, afirmou.
Um dos cases citados foi o projeto desenvolvido com a Caixa Econômica Federal, em operação há três anos. A iniciativa utiliza dados transacionais para criar experiências fluídas, segmentadas e individualizadas. “A gente cria um storytelling com o consumidor para que ele entenda que estamos falando com ele de forma direta e proprietária”, explicou o executivo. A base desse modelo é a VMP – Visa Marketing Platform –, plataforma proprietária que realiza qualificação e segmentação a partir de dados licenciados, com o apoio do time de consultoria da Visa.
A estratégia da empresa busca ir além das campanhas promocionais. De acordo com Bochicchio, a VMP permite construir uma jornada que começa na educação do consumidor e vai até a oferta de benefícios e experiências relevantes ao seu perfil. “É comum ouvirmos que o cliente já forneceu todos os dados. O desafio é devolver algo de valor para ele, algo que faça sentido na sua rotina”, completou.
Com o avanço da IA generativa, a Visa também tem ampliado sua capacidade de personalização em tempo real. A jornada do viajante, por exemplo, identifica comportamentos associados a viagens para recomendar, no momento certo, benefícios ou ofertas disponíveis com o cartão. “Trabalhamos com modelos preditivos, desde clientes inativos até perfis com comportamento tradicional, antecipando necessidades”, afirmou.
A adoção de IA também se estende à produção criativa de peças de comunicação, com o uso de ferramentas inteligentes para desenvolver conteúdos com mais precisão e agilidade. “Estamos evoluindo não só na jornada do consumidor, mas também na execução criativa, quebrando barreiras com o uso de novas tecnologias”, comentou.
Fonte: TI INSIDE Online - Leia mais